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Acidentes com vítimas caem 35% na marginal Tietê
CET atribui queda a velocidade menor e restrição a motos na pista expressa
Via foi inaugurada com falhas de sinalização e de iluminação, mas a companhia não sabe impacto de deficiências
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
Apesar das falhas de sinalização, de trechos inacabados e da ausência de iluminação, a marginal Tietê teve
uma queda de 35% no número de acidentes com vítimas
depois das obras de ampliação da via, entregues no final
de março deste ano.
Levantamento da CET
(Companhia de Engenharia
de Tráfego) mostra que, nos
últimos sete meses e meio,
houve 323 casos a menos
em relação ao mesmo período do ano passado.
Os acidentes sem vítimas
também diminuíram (26%,
de 3.200 para 2.365), assim
como os atropelamentos
(18%, de 55 para 45) ao longo
de toda a marginal Tietê.
A queda é atribuída pela
CET a duas medidas adotadas após a ampliação da via:
redução da velocidade de caminhões/ônibus e restrição
às motos na pista expressa.
Os veículos pesados, que
podiam rodar a até 90 km/h
na pista expressa, tiveram a
tolerância reduzida para
70 km/h nos últimos meses.
Já as motocicletas foram
proibidas de circular na pista
expressa desde agosto -só
podem usar as novas faixas
centrais ou as antigas locais,
onde a velocidade máxima
permitida é de 70 km/h.
As condições de entrega
da Nova Marginal pelo governo do Estado foram alvo de
críticas severas de especialistas em segurança viária.
Trechos incompletos, falta
de placas, pintura do asfalto
e ausência de iluminação noturna -problemas atenuados nas últimas semanas-
são agravantes de acidentes.
Nancy Schneider, superintendente de segurança de
trânsito da CET, diz não saber
avaliar por enquanto que impactos essas deficiências tiveram na segurança viária
-ou seja, se a redução de acidentes seria ainda maior caso não houvesse esses problemas ao longo da via.
Até por seu movimento e
extensão superior a 24 km em
cada sentido, a marginal Tietê é campeã de acidentes de
trânsito na capital paulista
-status que, apesar da melhoria, tende a ser mantido,
de acordo com Schneider.
A CET ainda não mapeou
os perfis de vítimas de acidentes na Tietê neste ano.
Um aumento de 70 km/h
para 90 km/h na velocidade,
segundo Schneider, era suficiente para elevar os riscos
de morte em sete vezes em
acidentes de trânsito.
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