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Com filas de até 7 horas, Virada atrai 3,3 milhões
Evento fez famílias irem ao centro de São Paulo durante a madrugada
Policiamento reforçado afastou usuários de droga das proximidades das cerca de 2.000 atrações esportivas
GIBA BERGAMIM JR.
EDUARDO GERAQUE
LUIZ GUSTAVO CRISTINO
DE SÃO PAULO
Voo de asa-delta, tirolesa,
patinação no gelo e muita fila. Foram 36 horas de atividades variadas que atraíram os
paulistanos para o centro da
capital, mas para participar
de algumas delas foi necessário esperar até sete horas,
conforme constatou a Folha entre sábado e ontem.
Apesar da longa espera em
boa parte das atrações, a frase "valeu a pena" foi uma
constante sempre que alguém descia da asa-delta içada por um guindaste que dava voltas sobre o vale do
Anhangabaú ou deslizava
por um cabo de aço, cruzando todo o vale numa tirolesa.
A auxiliar de cobrança Rita
Resende, 50, entrou na fila
da asa-delta às 16h de anteontem. Às 23h, ela e a filha
de 11 anos sobrevoavam o
centro. "Maravilhoso. Uma
coisa que eu não verei de novo", disse. No Memorial da
América Latina foi preciso
até quatro horas de espera para patinar no gelo.
A organização do evento
informou que as atividades
mais demoradas foram as
inéditas e que requerem um protocolo de segurança.
Segundo a prefeitura, cerca de 3,3 milhões de pessoas
participaram de 2.000 atividades da virada, encerrada ontem, em toda a cidade.
Pais levaram os filhos ao
evento durante a madrugada. "Tem bastante policiamento", disse Paulo Sérgio
Marangon, 43, que levou o filho de 11 anos ao centro. PMs
inibiram o consumo de drogas. Outra atração no centro
foi o kart, no parque da Luz,
que começou às 22h do sábado e foi até as 4h de ontem.
O paulistano ignorou a caminhada pela trilha da Pedra
Grande, em um dos núcleos
do parque da Cantareira (zona norte). Quase ninguém estava ali por causa da virada.
No percurso de quase 10 km
(ida e volta), que leva ao mirante de onde se vê a metrópole, havia monitores, banheiros, lixeiras e ambulâncias. Porém, havia pouco público. E a caminhada não era
gratuita. Todos pagavam
R$ 5 para entrar no parque.
FOLHA.com
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