CAROL FREDERICO
DA ENVIADA ESPECIAL AO LITORAL NORTE

O final de semana que antecedeu o início do verão -que começou oficialmente às 5h04 de hoje- deu a largada para o primeiro turno da temporada 2003/ 2004 no litoral norte de São Paulo.
Quem saiu na frente foi o grupo que não vai ao mar para pular sete ondinhas no Réveillon. Eles devem reunir a família na praia, sim, mas só que no Natal, buscando mais tranquilidade.
Para driblar os clichês da passagem de ano no litoral, como trânsito intenso nas estradas, falta de água, praias lotadas, assaltos e furtos, o casal Sandra Oliveira e Pierre Leca, 40, que está em Boiçucanga, decidiu descer a serra anteontem, com Marina, a filha de dois anos. "Estamos fazendo o movimento contrário. Ficamos aqui até o próximo sábado, depois do Natal, e então vamos para São Paulo para o Réveillon. Aí voltamos para o litoral lá pelo dia 10 de janeiro", explica Oliveira.
Na capital, Leca tem um restaurante, e a mulher é cantora. Eles costumam ir todos os finais de ano para o litoral norte, mas neste resolveram se antecipar e mudar o roteiro para fugir do tumulto.
Na manhã de ontem, quando o céu ainda estava completamente nublado, Lucas, 3, era a única pessoa, além de seu pai, o advogado Guto Sartori, 31, no mar em Boiçucanga. A família de Lucas também faz parte da turma que "veio antes". Vão festejar o Natal na casa que possuem na praia e aproveitar um pouco a tranquilidade.

A praia de cada um
O segundo turno da temporada de verão, o do Réveillon, é sempre bem mais concorrido, mas passar o Natal na praia tem lá suas vantagens, entre elas a financeira.
"A demanda por parte desse tipo de hóspede, a cada ano, é crescente. Os valores são mais acessíveis se comparados aos do Ano Novo, e o público é mais familiar.
Em São Sebastião, quatro praias bastante badaladas já apresentavam movimento no último final de semana, mas não estavam demasiadamente cheias.
Maresias pareceu ter mais gente à noite do que de dia, mas não nas praias, e sim em casas noturnas, como a Sirena, que ficam cheias na noite de sábado.
Camburi tinha mais banhistas do que a primeira, provavelmente por causa da final do circuito local de surfe, que aconteceu à tarde. Boiçucanga, na manhã de ontem, estava praticamente deserta, com apenas algumas famílias na areia. Enquanto isso, Juqueí tinha mais pessoas do que o esperado.
Pedro, Daniel e Eduardo, todos de oito anos, Guilherme, 10, e João Vitor, 6, aproveitaram o espaço livre para desenhar na areia uma quadra de futebol. Eles disputavam, por volta das 11h, uma partida com vários gols.



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