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VIOLÊNCIA
Em Santa Cruz, morreram 9 em chacina; na Maré, 5, em tiroteio com PM
Confrontos deixam 14 mortos no Rio
FABIANA CIMIERI
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Quatorze pessoas foram assassinadas entre a noite de quarta-feira
e a madrugada de ontem em duas
matanças relacionadas ao tráfico
de drogas, ocorridas em diferentes pontos do Rio de Janeiro.
Na favela Três Pontes, em Santa
Cruz (zona oeste), cinco homens
e uma mulher foram mortos, segundo a polícia, por causa da disputa entre as facções rivais TCP
(Terceiro Comando Puro) e ADA
(Amigo dos Amigos).
No início da noite, mais três corpos foram encontrados. A polícia
acredita que as mortes sejam decorrentes do confronto. Até a
conclusão desta edição, apenas
um deles havia sido identificado:
Jonathan de Souza Silva, 19.
No complexo de favelas da Maré (zona norte), cinco supostos
traficantes morreram em um tiroteio com policiais militares. A matança ocorreu 24 horas depois de
outra troca de tiros na favela, próximo da Linha Amarela, na noite
de terça, que teve um morto.
Chacina
Os mortos na favela Três Pontes
foram identificados como Ademir de Souza Nunes, 53, Tiago da
Silva Nunes, 18, Flávio da Silva
Nunes, 22, Rafael de Lima Mendes, 18, Vagner Souza Moraes, 22,
e Flor de Liz Souza, 30. A polícia
afirmou que pelo menos Mendes,
Silva Nunes e Moraes têm envolvimento com o tráfico.
Flor de Liz foi morta na frente
dos três filhos -um menino de
oito anos e duas meninas, uma de
cinco e outra de seis. Esta diz que
dois homens entraram na casa,
atiraram no telefone e depois mataram a mãe.
O tiroteio na Maré começou por
volta das 23h de anteontem. Cinco supostos traficantes foram
mortos e duas pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança de 11
anos, no confronto entre PMs e
traficantes de Vila do João e do
Conjunto Esperança. Por ordem
dos criminosos, o comércio fechou ontem em sinal de luto.
Segundo o comandante do 22º
BPM, tenente-coronel Álvaro
Garcia, o tiroteio durou cerca de
40 minutos e começou quando 15
PMs, durante uma ronda a pé, se
depararam com um grupo de cerca de dez traficantes armados.
Garcia disse que o tiroteio foi
um reflexo do aumento do policiamento após uma morte na terça: de cem para 240 à noite. Até a
conclusão desta edição, um morto -o traficante Carlos Eduardo
Néri da Conceição, o Macumba- havia sido identificado.
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