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São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

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Estudante evita carne vermelha

DA REPORTAGEM LOCAL

"Vá a uma churrascaria e coma à vontade." O conselho do médico não entusiasmou a estudante de letras Hérika Puríssimo, 29. "Impossível. Olho uma picanha e chego a ficar enojada", diz ela, que sofre frequentemente com a fraqueza causada pela anemia por deficiência de ferro.
Na última consulta, os níveis de ferro no seu organismo "eram a metade do mínimo". O médico recomendou remédios para repor o mineral. "Não fiquei tomando direto. Sou meio teimosa."
Hérika, que tem 1,72 e 60 kg, deixou de comer carne vermelha há sete anos, por influência de amigos. Peixe e frango, também fontes de ferro, são ingeridos por ela apenas uma vez ao dia.

Outros nutrientes
Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, Silvia Cozzolino, além das carências de ferro e vitamina A, são importantes na população brasileira as deficiências dos minerais cálcio (leite e derivados), zinco (iogurte, cereais), magnésio (grãos) e selênio (castanha do pará). A ingestão de cálcio no país gira em torno de 300 mg diários (o recomendável é ingerir 1g).
Segundo Cozzolino, a fortificação de alimentos com os micronutrientes é uma saída para compensar déficits que não são corrigidos com educação. O governo determinou recentemente a fortificação das farinhas com ferro e discute a adição de vitamina A a algum alimento de consumo de massa. Segundo Andréa Ramalho, consultora do Ministério da Saúde, a fortificação do arroz com a vitamina é a idéia mais cotada.


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