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Desigual, SP tem a melhor situação do país
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Na cidade de São Paulo, o
abastecimento de água e a
coleta de esgoto são praticamente universais; e as redes,
das mais extensas entre as
capitais avaliadas pelo IBGE.
Na capital paulista, 98,6%
dos domicílios têm acesso à
rede de água e 87,2% estão ligados à de esgoto. A abrangência é grande até mesmo
para padrões internacionais,
de acordo com o IBGE.
Os dados acima da média
escondem, porém, diferenças entre distritos mais centrais e ricos e os da periferia.
A cobertura de água e esgoto é quase de 100% em
bairros das zonas sul, oeste e
central, como Itaim Bibi, Alto de Pinheiros, Vila Mariana, Moema, Liberdade,
Cambuci e Sé. Já distritos como Marsilac, Parelheiros,
Grajaú (no extremo sul) e
Anhangüera (extremo norte) têm baixa cobertura.
Há basicamente quatro explicações para a "exclusão
sanitária", diz a Sabesp (empresa de saneamento de SP).
As regiões deficitárias estão muito distantes fisicamente do centro, portanto
ficaram anos sem investimentos; localizam-se, em
grande parte, nas áreas de
proteção de mananciais, onde há limitações legais à colocação de infra-estrutura;
tiveram um aumento abrupto de população em pouco
tempo ou não têm núcleos
urbanos adensados o suficiente para justificar os gastos com expansão da rede.
Parte dos problemas na região sul deve ser solucionado até o fim de 2005, com a
conclusão da segunda fase
da despoluição do rio Tietê.
Para o outro extremo da cidade, apesar de reconhecer
as carências, a Sabesp ainda
nem tem projeto de ampliar
o atendimento de esgoto.
Das capitais pesquisadas
pelo IBGE, São Paulo é a que
apresenta o melhor resultado. No Rio, 90,1% dos domicílios estão ligados à rede de
esgoto; e 97%, à de água. As
maiores coberturas são nos
bairros da Lagoa, Flamengo,
Glória (todos na zona sul) e
Maracanã (zona norte).
Em Salvador, os percentuais são de 77% e 93% respectivamente. Em Belém,
17% e 57%. Mesmo em Porto Alegre, que tem bons indicadores sociais, só 48% dos
domicílios estão ligados à rede de esgoto. Segundo o
IBGE, lá muitas casas usam
fossa séptica, solução alternativa considerada como
adequada. Na cidade, 98,1%
dos domicílios são atendidos pela rede de água.
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