São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2007

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PF prende 8 acusados de integrar rede de tráfico internacional

De acordo com as investigações da PF, grupo atuava, em cinco países, com venda de drogas e lavagem de dinheiro

Operação foi realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Rio Grande do Sul; polícia não divulgou os nomes dos presos

TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Federal desmontou ontem parte de uma quadrilha que atuava em cinco países na venda de drogas e lavagem de dinheiro. Oito pessoas foram presas, duas ainda são procuradas e 40 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
A operação foi realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Rio Grande do Sul e teve a participação de 250 policiais. Segundo a investigação, a quadrilha adquiria cocaína do cartel Vale do Norte, na Colômbia, e transportava, passando pelo Uruguai, até uma tonelada da droga por mês para os Estados Unidos e para a Espanha.
O Brasil era usado para lavar o dinheiro. Integrantes da quadrilha compravam imóveis de luxo e investiam em empresas de derivados de petróleo. A Polícia Federal afirmou que, em uma semana, a quadrilha movimentou R$ 40 milhões.
Ontem, foram lacrados oito postos de gasolina ligados à quadrilha no Rio. As 92 contas bancárias utilizadas para lavar o dinheiro foram confiscadas.
O chefe da quadrilha é o colombiano Alexander Pareja Garcia, que há cinco anos vive no Brasil. Ele foi preso em setembro do ano passado no aeroporto de Guarulhos (SP) e está detido em Brasília. A PF cumpriu, então, um mandado de prisão expedido pela Justiça uruguaia, onde ele responde por narcotráfico.
Ele comprou no Brasil 30 imóveis e um terreno com 14 lotes. Além disso, tinha seis postos de gasolina. Adquiriu também a petroquímica Delft, sediada em São Paulo e com escritórios no Mato Grosso e no Rio Grande do Sul. Comprou, ainda, 30 imóveis em Miami. Sua fortuna na América do Sul é estimada em R$ 100 milhões.
Ontem foram presos a mulher e a irmã de Alex, além de doleiros que operavam com ele. A PF não divulgou os nomes dos presos.


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