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PF prende 8 acusados de integrar rede de tráfico internacional
De acordo com as investigações da PF, grupo atuava, em
cinco países, com venda de drogas e lavagem de dinheiro
Operação foi realizada em
São Paulo, Rio de Janeiro,
Mato Grosso e Rio Grande
do Sul; polícia não divulgou
os nomes dos presos
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
A Polícia Federal desmontou
ontem parte de uma quadrilha
que atuava em cinco países na
venda de drogas e lavagem de
dinheiro. Oito pessoas foram
presas, duas ainda são procuradas e 40 mandados de busca e
apreensão foram cumpridos.
A operação foi realizada em
São Paulo, Rio de Janeiro, Mato
Grosso e Rio Grande do Sul e
teve a participação de 250 policiais. Segundo a investigação, a
quadrilha adquiria cocaína do
cartel Vale do Norte, na Colômbia, e transportava, passando
pelo Uruguai, até uma tonelada
da droga por mês para os Estados Unidos e para a Espanha.
O Brasil era usado para lavar
o dinheiro. Integrantes da quadrilha compravam imóveis de
luxo e investiam em empresas
de derivados de petróleo. A Polícia Federal afirmou que, em
uma semana, a quadrilha movimentou R$ 40 milhões.
Ontem, foram lacrados oito
postos de gasolina ligados à
quadrilha no Rio. As 92 contas
bancárias utilizadas para lavar
o dinheiro foram confiscadas.
O chefe da quadrilha é o colombiano Alexander Pareja
Garcia, que há cinco anos vive
no Brasil. Ele foi preso em setembro do ano passado no aeroporto de Guarulhos (SP) e está detido em Brasília. A PF
cumpriu, então, um mandado
de prisão expedido pela Justiça
uruguaia, onde ele responde
por narcotráfico.
Ele comprou no Brasil 30
imóveis e um terreno com 14
lotes. Além disso, tinha seis
postos de gasolina. Adquiriu
também a petroquímica Delft,
sediada em São Paulo e com escritórios no Mato Grosso e no
Rio Grande do Sul. Comprou,
ainda, 30 imóveis em Miami.
Sua fortuna na América do Sul
é estimada em R$ 100 milhões.
Ontem foram presos a mulher e a irmã de Alex, além de
doleiros que operavam com ele.
A PF não divulgou os nomes
dos presos.
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