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Júri atrai estudantes de direito e curiosos
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A movimentação em frente
ao fórum de Santana (zona norte) começou cedo. Às 4h30 de
ontem, quatro estudantes de
direito de Salto (101 km da capital paulista) estavam entre as
primeiras pessoas a chegar ao
local. A intenção era conseguir
uma vaga para assistir ao júri.
Durante o dia, o número de
interessados em conseguir
uma cadeira na plateia do julgamento aumentou e uma pequena multidão se aglomerou em
frente ao fórum. Nem todos os
presentes no local, porém, estavam ali por causa do júri.
"Sou pescador no rio Tietê e
hoje é o Dia Mundial da Água.
Vim protestar", disse o funileiro Mario Roberto dos Santos,
61, que aproveitou a concentração de jornalistas e câmeras
de TV para reclamar da poluição no rio. Já o pregador Orlando Torres tentou levar a palavra do "Senhor" para quem estava no local. "Vim falar da salvação por Jesus."
Ainda antes do julgamento,
os pais do garoto Ives Ota, sequestrado e depois morto em
1997, aos oito anos, tentavam
obter uma senha para entrar.
"É ato de solidariedade para a
família da Isabella", afirmou
Massataka Ota, pai de Ives.
Eles e a mãe do garoto Pedro
Rodrigues conseguiram entrar.
Pedro foi morto aos dois anos,
em novembro de 2009, ao cair
do 18º andar de um prédio -a
polícia investiga se o pai do menino, que caiu logo depois, jogou o filho e pulou em seguida.
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