da Reportagem Local

Jovem, mulher e sem escolaridade. Esse é o perfil de quem mais enfrenta dificuldade para conseguir emprego no Brasil.
Em São Paulo, o desemprego crescente entre mulheres é mais um indicador da dificuldade que as viúvas jovens enfrentam para entrar no mercado de trabalho.
Dados da Fundação Seade e do Dieese mostram que, de 1989 para 1999, a taxa de desemprego feminino subiu de 10,6% para 21% na região metropolitana de São Paulo. O aumento foi maior ainda entre mulheres chefes de família.
Um estudo feito pelo Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas mostra que as mulheres foram as mais prejudicadas com o aumento do desemprego no Brasil.
Em 1980, 31,8% da mão de obra feminina estava desempregada. Em 1998, essa taxa subiu para 48,3%. Entre os homens, o índice foi de 16% em todo o país.

Jovens
Ainda de acordo com dados da Seade e do Dieese, o desemprego entre jovens de 18 a 24 anos foi de 27,5% na região metropolitana de São Paulo em 1999. Entre os que tinham entre 25 e 39 anos, essa taxa caiu para 15,4%.
No ano passado, o desemprego médio registrado na chamada Grande São Paulo foi de 19,3%.
A mesma pesquisa mostra que, em 1998, a taxa média de desemprego dos que completaram apenas o ensino fundamental era de 20,4%. Entre os que possuíam diploma de ensino superior, essa taxa era de apenas 7,5%.


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