São Paulo, domingo, 23 de abril de 2000


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"Aqui é como estar no céu"

da Sucursal do Rio

A família Araújo deixou há dois anos um loteamento clandestino em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Desde então, passou a viver na favela Fernão Cardim, na zona norte do Rio. "Aqui é como estar no céu", diz a matriarca Maria Souza Araújo, 54.
Pelos critérios do estudo dos sociólogos Lícia Valladares e Edmond Preteceille, essa família está tentando uma espécie de ascensão social. O grupo é composto por um filho, uma filha e três netos. Eles são considerados invasores por seus vizinhos de favela, pois ocuparam uma área reservada para um centro de lazer.
A associação de moradores quer que eles sejam removidos do local. A invasão foi acompanhada por mais seis famílias.
Cerca de 25 pessoas -além de galinhas, cães e gatos- se estabeleceram no terreno, morando até hoje em barracos de madeira improvisados, formando um conjunto que contrasta com as casas de alvenaria do resto da favela.
Para Maria Souza Araújo, vir para o Rio significou uma melhora de qualidade de vida. "Temos cesta básica da igreja e o Cheque-Cidadão, que vem do governo, além de escola para as crianças e emprego para meu filho."
Seu desejo agora é ver a área de invasão incorporada pelo projeto da Prefeitura do Rio, que urbanizou a favela.
Com exceção dos invasores, os demais moradores estão em ruas pavimentadas, com água encanada, rede de esgoto e luz elétrica.


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