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"Aqui é como estar no céu"
da Sucursal do Rio
A família Araújo deixou há dois
anos um loteamento clandestino
em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Desde então, passou a
viver na favela Fernão Cardim, na
zona norte do Rio. "Aqui é como
estar no céu", diz a matriarca Maria Souza Araújo, 54.
Pelos critérios do estudo dos sociólogos Lícia Valladares e Edmond Preteceille, essa família está
tentando uma espécie de ascensão social. O grupo é composto
por um filho, uma filha e três netos. Eles são considerados invasores por seus vizinhos de favela,
pois ocuparam uma área reservada para um centro de lazer.
A associação de moradores
quer que eles sejam removidos do
local. A invasão foi acompanhada
por mais seis famílias.
Cerca de 25 pessoas -além de
galinhas, cães e gatos- se estabeleceram no terreno, morando até
hoje em barracos de madeira improvisados, formando um conjunto que contrasta com as casas
de alvenaria do resto da favela.
Para Maria Souza Araújo, vir
para o Rio significou uma melhora de qualidade de vida. "Temos
cesta básica da igreja e o Cheque-Cidadão, que vem do governo,
além de escola para as crianças e
emprego para meu filho."
Seu desejo agora é ver a área de
invasão incorporada pelo projeto
da Prefeitura do Rio, que urbanizou a favela.
Com exceção dos invasores, os
demais moradores estão em ruas
pavimentadas, com água encanada, rede de esgoto e luz elétrica.
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