|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Oficial afirma que há lacunas
na fiscalização
TATIANA UEMURA
DAS REGIONAIS
O tenente-coronel Luciano
Puchalski, 43, do 5º Batalhão
da Infantaria Leve de Lorena
(188 km de SP), admite que
há "lacunas" na fiscalização
feita nas empresas de material bélico. O batalhão é responsável pela fiscalização
das empresas de material de
defesa da região, incluindo a
RJC Defesa e Aeroespacial
-fabricante das granadas
achadas na favela da Coréia-, a Avibras e a Target
Engenharia e Comércio.
"Controlamos a documentação, e não a produção
física e a distribuição. Aí, você entende uma vulnerabilidade. O Exército não tem
condições de manter uma
pessoa na fábrica para controlar tudo o que se produz."
A fiscalização, diz, restringe-se à verificação das notas
fiscais emitidas e a visitas
mensais às principais fábricas. "Verificamos se a empresa produz o que está registrada para produzir. Como ela comercializa e para
quem ela entrega foge da
nossa competência."
Das 39 empresas de material bélico filiadas à Associação Brasileira das Indústrias
de Material de Defesa, nove
(23%) têm sede no Vale do
Paraíba. As demais estão
distribuídas entre Grande
São Paulo, Brasília e Rio.
Em 2002, foram roubadas
225 granadas da Target, de
Lorena. Roberto Ferreira,
37, gerente da Target, informou que, logo após o roubo,
desativou a linha de itens
militares: "É muito difícil para uma indústria de pequeno
porte manter um aparato
completo de segurança".
Texto Anterior: Minas não saíram do Exército, afirma ministro Próximo Texto: Polícia investiga possível troca de armas por drogas Índice
|