São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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Oficial afirma que há lacunas na fiscalização

TATIANA UEMURA
DAS REGIONAIS

O tenente-coronel Luciano Puchalski, 43, do 5º Batalhão da Infantaria Leve de Lorena (188 km de SP), admite que há "lacunas" na fiscalização feita nas empresas de material bélico. O batalhão é responsável pela fiscalização das empresas de material de defesa da região, incluindo a RJC Defesa e Aeroespacial -fabricante das granadas achadas na favela da Coréia-, a Avibras e a Target Engenharia e Comércio.
"Controlamos a documentação, e não a produção física e a distribuição. Aí, você entende uma vulnerabilidade. O Exército não tem condições de manter uma pessoa na fábrica para controlar tudo o que se produz."
A fiscalização, diz, restringe-se à verificação das notas fiscais emitidas e a visitas mensais às principais fábricas. "Verificamos se a empresa produz o que está registrada para produzir. Como ela comercializa e para quem ela entrega foge da nossa competência."
Das 39 empresas de material bélico filiadas à Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa, nove (23%) têm sede no Vale do Paraíba. As demais estão distribuídas entre Grande São Paulo, Brasília e Rio.
Em 2002, foram roubadas 225 granadas da Target, de Lorena. Roberto Ferreira, 37, gerente da Target, informou que, logo após o roubo, desativou a linha de itens militares: "É muito difícil para uma indústria de pequeno porte manter um aparato completo de segurança".


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