São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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USP quer mais prazo para cursinhos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Universidade de São Paulo vai pedir ao Ministério Público que prorrogue por mais três meses o prazo de regularização dos cursinhos pré-vestibular para alunos de baixa renda que cobram mensalidade e utilizam as instalações da universidade.
No início de abril, os cursinhos da Faculdade de Psicologia, da Faculdade de Economia e Administração e do Núcleo de Consciência Negra, que acolhem cerca de 700 alunos, receberam uma recomendação da Promotoria da Cidadania do Ministério Público de que cessassem suas atividades. O motivo: a Constituição garante a gratuidade do ensino público em seus estabelecimentos oficiais, e esses cursinhos usam a estrutura da USP e cobram taxa de inscrição e mensalidades de cerca de R$ 60 de seus alunos.
De acordo com a recomendação, os três cursos têm até a próxima sexta-feira, dia 30, para regularizar sua situação, mas, até agora, seus coordenadores não conseguiram criar uma alternativa de financiamento que dispense a cobrança de mensalidade e seguem ministrando aulas normalmente.
"O que queremos é cumprir o direito de acesso ao ensino público de qualidade", defende Mafoane Odara, 26, coordenadora do cursinho da psicologia. "Já assumimos um compromisso com os alunos e não podemos simplesmente acabar com as aulas", diz.
Odara e representantes dos outros cursinhos se reuniram ontem com a reitoria da USP para discutir alternativas para a manutenção das aulas deste ano. "Estamos estudando realizar parcerias para financiar os cursos até o final do ano", explica Sônia Penin, Pró-Reitora de Graduação da USP.
O promotor Wallace Paiva Martins Júnior, responsável pelo caso, disse que só poderá avaliar o pedido da USP quando o receber.


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