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PM e jovens entram em confronto na Mooca
Tumulto e quebra-quebra envolveu grupo que não conseguia entrar no clube Juventus para assistir a bandas de pagode
Polícia Militar usou balas de borracha e bombas de spray de pimenta; pessoas foram embora mesmo tendo
comprado ingressos antes
DO "AGORA"
Um tumulto na madrugada
de ontem acabou em confronto
entre a Polícia Militar e um
grupo de jovens que não conseguiu entrar em um show no clube Juventus, na Mooca (zona
leste de São Paulo).
A polícia usou balas de borracha e bombas de spray de pimenta. Integrantes de um grupo que tentou pular o portão de
entrada do clube destruíram a
porta de vidro de uma agência
bancária, quebraram vasos na
calçada de uma floricultura e
danificaram um ponto de ônibus da avenida Paes de Barros.
Não houve presos ou feridos.
A confusão ocorreu durante
a realização do "Mega Show",
que reuniu bandas de pagode
no Juventus. Testemunhas diziam ter sido vendido mais ingresso do que a capacidade.
O show começou às 20h. Por
volta da meia-noite, a entrada
do Juventus concentrava cerca
de 4.000 pessoas, de acordo
com moradores da região.
"O tumulto começou por
causa da desorganização na entrada, pois não havia fila e alguns aproveitadores se misturavam às pessoas que tinham
comprado ingresso", contou a
bancária Ana Luíza Mendes, 21,
que, apesar de afirmar ter comprado as entradas uma semana
antes, não conseguiu entrar.
"Eu estava com dez amigos
que compraram com antecedência e já às 22h ninguém
mais conseguia entrar", afirmou a auxiliar de escritório Daniela Crispim de Godói, 18, que,
após duas horas de espera, resolveu sair do local. "Foi quando a polícia começou a atacar a
multidão com spray de pimenta, balas de borracha e bombas
de gás lacrimogêneo", disse.
"De repente, mais de 100 pessoas entraram aqui na padaria
para se proteger do ataque da
polícia", afirma Ricardo Araújo
Mendonça, gerente do estabelecimento que fica bem em
frente ao clube. Ele diz que vândalos aproveitaram para depredar pontos comerciais do local.
Marilene Cavalcante, moradora vizinha do Juventus e mãe
de Marcos Cavalcante, 18, que
já assistia aos shows antes de a
confusão começar, diz que teve
de fechar a janela de casa com
medo das balas de borracha.
"Só fiquei tranqüila porque
falei o tempo todo com meu filho pelo celular e ele me dizia
que lá dentro estava tudo bem",
relatou ela. O show aconteceu
até as 5h da manhã, quando os
portões foram reabertos.
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