São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2008

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memória

Balão foi invenção de um religioso

RODRIGO GARCIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O padre Adelir Antônio de Carli não foi o primeiro a ficar famoso por seus vôos. No século 18, Bartolomeu Lourenço de Gusmão construiu o primeiro balão movido a ar quente e ficou conhecido como o Padre Voador.
Em 1709, o jesuíta, nascido em Santos, litoral de São Paulo, mostrou seu protótipo de uma "máquina de voar" ao rei de Portugal, d. João 5º. Tratava-se de um pequeno balão, com uma chama na parte inferior.
Naquele mesmo ano, Gusmão mostrou à família real e à população de Lisboa seu invento. Chamado de Passarola, era um balão de vime e papel impulsionado por ar quente. Há controvérsias sobre a altura alcançada pelo balão -há quem diga que foram cinco metros, outros falam em 60.
Apesar de inventá-la, Gusmão nunca voou na Passarola -o primeiro vôo tripulado de balão só ocorreu em 1783, com os franceses Pilâtre de Rozier e marquês d'Arlandes.
Apesar da fama obtida, Gusmão passou a ser perseguido pela Inquisição, que não via com bons olhos suas experiências.
Por conta disso, o religioso foi forçado a se refugiar na Espanha, onde morreu no ano de 1724, aos 39 anos de idade.


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