São Paulo, quinta-feira, 23 de abril de 2009

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SYNESIO OPTIZ ROOS FILHO (1937-2009)

Nem o Palmeiras manteve a sua alegria

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois mil e sete não foi um ano bom para Synesio Optiz Roos Filho. Em janeiro, perdeu a mulher, vitimada por um câncer contra o qual lutara por dois anos. Em outubro, teve de se aposentar devido à idade.
A partir daí, Nezinho entregou os pontos, conta Sônia, a filha. Antes torcedor apaixonado, nem com o Palmeiras, time do qual foi conselheiro vitalício, conseguiu ter de volta a alegria levada com a perda da mulher.
E olha que o clube não era brincadeira para ele. Aficionado, quase morava dentro do estádio do time: da janela do apartamento, via o campo. Quando havia jogos importantes, fazia festas com a mulher em casa -uma equipe de TV chegou a mostrar uma delas durante um jogo do time pela Libertadores.
Formado em contabilidade, o ex-funcionário público estadual manteve, contudo, um escritório no centro de SP como sua única distração, após aquele ano de 2007.
No começo deste mês, quando voltava do trabalho de metrô, caiu na rua, perto de casa, e foi reconhecido pela moça que fazia a limpeza em seu prédio. Teve um AVC (acidente vascular cerebral).
Não era o primeiro incidente desse tipo que sofria: certa vez, caiu dentro de casa e ficou dois dias com o lado esquerdo paralisado, mas, teimoso que era, recusou-se a ir ao médico, contrariando a vontade da própria família.
Nezinho morreu uma semana depois do acidente, na terça, 14, aos 71. Teve três filhas e cinco netos. A missa de sétimo dia foi na segunda.

obituario@grupofolha.com.br


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