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SYNESIO OPTIZ ROOS FILHO (1937-2009)
Nem o Palmeiras manteve a sua alegria
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois mil e sete não foi um
ano bom para Synesio Optiz
Roos Filho. Em janeiro, perdeu a mulher, vitimada por
um câncer contra o qual lutara por dois anos. Em outubro, teve de se aposentar devido à idade.
A partir daí, Nezinho entregou os pontos, conta Sônia, a filha. Antes torcedor
apaixonado, nem com o Palmeiras, time do qual foi conselheiro vitalício, conseguiu
ter de volta a alegria levada
com a perda da mulher.
E olha que o clube não era
brincadeira para ele. Aficionado, quase morava dentro
do estádio do time: da janela
do apartamento, via o campo. Quando havia jogos importantes, fazia festas com a
mulher em casa -uma equipe de TV chegou a mostrar
uma delas durante um jogo
do time pela Libertadores.
Formado em contabilidade, o ex-funcionário público
estadual manteve, contudo,
um escritório no centro de
SP como sua única distração,
após aquele ano de 2007.
No começo deste mês,
quando voltava do trabalho
de metrô, caiu na rua, perto
de casa, e foi reconhecido pela moça que fazia a limpeza
em seu prédio. Teve um AVC
(acidente vascular cerebral).
Não era o primeiro incidente desse tipo que sofria:
certa vez, caiu dentro de casa
e ficou dois dias com o lado
esquerdo paralisado, mas,
teimoso que era, recusou-se
a ir ao médico, contrariando
a vontade da própria família.
Nezinho morreu uma semana depois do acidente, na
terça, 14, aos 71. Teve três filhas e cinco netos. A missa de
sétimo dia foi na segunda.
obituario@grupofolha.com.br
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