DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Palácio do Planalto informou ontem que as Forças Armadas não vão participar da força-tarefa de combate à violência no Rio, pelo menos por enquanto, porque não houve solicitação nesse sentido por parte do governo estadual.
O Planalto divulgou cópia do ofício enviado pela governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT), ao presidente Fernando Henrique Cardoso, no qual ela pede apoio para a criação imediata de um grupo de trabalho "com o objetivo de rastrear, localizar, identificar e coibir a prática de lavagem de dinheiro que acoberta o crime organizado".

Pedido da governadora
Para integrar o grupo, a governadora sugere Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria da Receita Federal, Banco Central, Procuradoria Geral da República, Procuradoria Geral da Justiça, Procuradoria Geral do Estado e Secretaria da Fazenda.
A governadora propõe "o estreitamento da cooperação entre governos federal e estadual" para "vencer a guerra contra o crime e a violência", tendo em vista a grave crise que o Estado enfrenta na área da segurança pública.

Sem pedido
O ministro da Defesa, Geraldo Quintão, disse em entrevista à TV Nacional que também não recebeu nenhum pedido de ajuda das Forças Armadas.
"As Forças Armadas não vão se furtar a ajudar, mas falta o contato com o Ministério da Defesa", disse o ministro Quintão.
Segundo Quintão, as Forças Armadas poderão colaborar nas áreas de logística, de comunicação e de inteligência. "As três Forças [Exército, Marinha e Aeronáutica" são muito hábeis na área de inteligência", disse.



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