São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 2011 |
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ANÁLISE Consumidor consciente se forma com mais informação EMMANUEL PUBLIO DIAS ESPECIAL PARA A FOLHA Educação, assim como publicidade, é informação. Cidadãos responsáveis e consumidores conscientes só se formam com mais informação. Este é o ponto de convergência sob o qual devem ser analisadas as ações de marketing e comunicação em estabelecimentos de ensino. Estas ações de marketing e comunicação aumentam o patrimônio de conhecimento e informações de professores e alunos? Contribuem para que as crianças aumentem sua percepção do mundo e fundamentem suas escolhas? Procuram contribuir para o desenvolvimento positivo das relações entre pais e filhos, alunos e professores? Respeitam a dignidade, a ingenuidade, a credulidade, a inexperiência e o sentimento de lealdade das crianças? Finalmente, são realizadas de acordo e em conjunto com as autoridades públicas e os corpos docentes das escolas? Todos estes parâmetros de conduta constam do Código Brasileiro de Autoregulamentação Publicitária, que rege as atividades publicitárias e é fiscalizado pelo Conar. Como em qualquer outro local, não é a atividade publicitária em si que deve ser proibida, mas a sua utilização ética e socialmente responsável. Proibir ações de marketing e comunicação em instituições de ensino equivale a privar os alunos do acesso a informações que poderiam ajudar a ter uma vida melhor, mais saudável e a participar de forma mais crítica e responsável da sociedade de consumo a que estarão expostos. Recorde-se que, graças aos mecanismos de geração e transferência de renda, dezenas de milhões de famílias estão tendo acesso a produtos e serviços. Filhos destas famílias são os novos consumidores. Educá-los para que tenham informações sobre as escolhas que livremente vão fazer, consumindo produtos úteis e saudáveis, é tarefa que a escola pode e deve fazer com os outros agentes sociais: família, autoridades e organizações sociais, empresas e instituições do mercado -atores legítimos do processo de educação. EMMANUEL PUBLIO DIAS é diretor corporativo da ESPM Texto Anterior: Saiba mais: ONG pede aposentadoria de personagem Próximo Texto: Mortes Índice | Comunicar Erros |
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