São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 2011

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Vice-prefeito de Campinas deve voltar amanhã ao país

Demétrio Vilagra (PT) é suspeito de participar de fraudes em licitações; suposto esquema pode ter movimentado R$ 615 milhões

LUCIANA DYNIEWICZ
DE SÃO PAULO

Considerado foragido pela polícia, o vice-prefeito de Campinas (93 km de SP), Demétrio Vilagra (PT), deve chegar ao Brasil amanhã, diz a assessoria da prefeitura.
Ele é suspeito de participar de fraudes em licitações envolvendo a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento). O suposto esquema de desvio de dinheiro pode ter movimentado R$ 615 milhões.
Mandados de prisão temporária contra Vilagra e outros 19 empresários e integrantes da prefeitura foram expedidos na sexta. O vice-prefeito, porém, passa férias na Espanha. Sua volta estava programada para o dia 30.
Além dele, outros oito suspeitos não foram localizados pela polícia, incluindo secretários da prefeitura.
Entre os presos estão Ricardo Candia, ex-diretor de Urbanismo de Campinas, e Aurélio Cance Jr., diretor técnico da Sanasa. Eles e outros nove envolvidos no suposto esquema dividem uma cela de 16 m2.
O advogado de Cance Jr., Augusto Botelho, recorrerá hoje do mandado de prisão. Ele disse que a prisão foi decretada para "desestabilizar emocionalmente" seu cliente, que vinha colaborando com as investigações do Ministério Público. Os advogados dos outros acusados não foram localizados.
Hoje, um pedido de impeachment contra o prefeito da cidade, Hélio de Oliveira Santos (PDT), será analisado pela Câmara.
Para o processo ser aberto, é preciso que 17 dos 33 vereadores sejam a favor. A oposição, porém, tem somente dez representantes.
Nove partidos da base aliada do prefeito já saíram em sua defesa no sábado. Em nota, afirmaram que a operação tenta prejudicar a administração e antecipa de "forma ilegítima" a disputa eleitoral do ano que vem.
Segundo a Justiça, a Promotoria só não pediu a prisão temporária da primeira-dama e chefe de gabinete, Rosely Nassim Santos, porque ela obteve uma liminar para não sofrer medidas coercitivas. A liminar também vale para o prefeito.

Colaborou MATHEUS MAGENTA, de São Paulo


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