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Controladores discutem se irão parar durante o Pan
Possível greve branca ganhou força após decisão de punição
ANDREZA MATAIS
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os controladores de tráfego
aéreo começaram ontem a discutir com mais firmeza a possibilidade de fazer greve branca
no início de julho, quando o fluxo nos aeroportos irá aumentar
devido aos Jogos Pan-Americanos e às férias escolares.
A idéia seria repetir o movimento do dia 30 de março,
quando os controladores cruzaram os braços -auge da crise.
Os problemas podem se agravar se os funcionários da Infraero cumprirem a promessa
de entrar em greve a partir da
próxima semana, caso o governo não atenda o pedido de reajuste salarial de 35% -a estatal
ofereceu 3,5%.
A greve branca dos controladores já vinha sendo estudada
por um grupo de sargentos,
mas ganhou força ontem depois da decisão da Aeronáutica
de punir líderes do grupo.
A Folha apurou que há um
grupo de controladores disposto a dar uma resposta mais forte ao Comando da Aeronáutica,
mesmo isso tenha conseqüências como prisão ou afastamento. A avaliação é que ou reagem
com mais firmeza ou os controladores ficarão sujeitos a
punições a todo momento.
"Como os ânimos estão acirrados e há um espírito de corpo
[entre os controladores], se a
Aeronáutica conseguir essa vitória [de punir os controladores], será um componente grave na crise", disse o deputado
Miguel Martini (PHS-MG).
Para o deputado Gustavo
Fruet (PSDB-PR), também da
CPI do Apagão, as punições podem repercutir numa operação
padrão em outros Cindactas.
A ameaça maior é que os
atuais controladores podem
pedir baixa a qualquer momento, o que impedirá o treinamento dos novos profissionais
que dependem dos antigos para aprender a função.
Se confirmada a paralisação
na Infraero, deixam de trabalhar funcionários que atendem
o público, responsáveis pelas
informações sonoras e visuais
nos aeroportos e cerca de 30%
dos controladores de tráfego
aéreo civis ligados à Infraero.
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