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ADMINISTRAÇÃO
Os 41 distritos criados pela pasta no processo de descentralização terão que ser adaptados à nova estrutura
Subprefeitura exige reorganização da saúde
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes de concluir o processo de
descentralização dos serviços de
saúde, que dividiu a cidade em 41
distritos, a Secretaria Municipal
da Saúde será obrigada a fazer outras mudanças para se adaptar à
criação das 31 subprefeituras.
Pelo projeto, aprovado pela Câmara Municipal na última sexta-feira, cada subprefeitura contará
com um coordenador de saúde,
que será responsável por ações de
assistência, vigilância sanitária,
gestão de recursos humanos e financeiros nas regiões.
A maioria dessas atividades é
hoje exercida pelos diretores de
distritos, servidores que, segundo
o secretário da Saúde, Eduardo
Jorge, atuam como se fossem os
secretários regionais da pasta.
A idéia, diz Jorge, é transformar
os atuais 41 diretores de distrito
em coordenadores de saúde, extinguindo o primeiro cargo. As
exceções serão os distritos muito
populosos, onde os dois cargos
serão mantidos.
Isso deve acontecer, por exemplo, no caso de Capão Redondo e
Campo Limpo. As duas regiões
foram agrupadas em uma mesma
subprefeitura, mas pertencem a
distritos de saúde diferentes.
"Nesse caso, os dois diretores devem permanecer, mas apenas um
deles será o coordenador da subprefeitura", disse o secretário.
Mesmo havendo diferenças no
nível hierárquico dos cargos -o
coordenador é superior ao diretor
de distrito-, o secretário não
acredita que possa haver disputas
de poder nas regiões, que ainda
contam com os subprefeitos.
"O coordenador vai ter mais
trabalho, a tendência é que ele seja
a autoridade local. A secretaria
apenas acompanha e supervisiona, é como o Estado em relação
aos municípios", disse.
Para Jorge, apesar das novas
mudanças, o processo de descentralização não será interrompido.
"Nada disso é contraditório, é a
continuação do trabalho que já
planejávamos, só tende a melhorar e agilizar o serviço", disse.
As áreas de educação, assistência social, planejamento, infra-estrutura e serviços e obras também
terão coordenadores atuando nas
subprefeituras.
No caso da educação, o trabalho
desenvolvido hoje pelos 13 NAEs
(Núcleos de Ação Educativa),
unidades que administram as escolas, será transferido para as
coordenadorias de cada uma das
31 subprefeituras.
"O NAE hoje, além do cuidado
pedagógico, ainda tem que se
preocupar com corte da grama e
construções. Com a descentralização, isso vai para a coordenadoria de obras", disse o chefe de gabinete substituto da Secretaria da
Educação, Enéas Rodrigues.
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