São Paulo, sábado, 23 de julho de 2011

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Delegado desqualifica versão de motorista de Porsche para acidente

Para ele, argumento de medo de ser roubado é desculpa para justificar alta velocidade

DE SÃO PAULO

O depoimento do engenheiro civil Marcelo Malvio de Lima, 36, envolvido em acidente de carro que matou uma advogada no último dia 9, não convenceu a polícia.
Segundo o delegado Paul Verduraz, do 15º DP, o argumento dele de que teve medo de ser roubado é uma desculpa para tentar justificar a alta velocidade em que dirigia.
"É uma estratégia da defesa para tentar desqualificar o crime de homicídio doloso (intencional), pelo qual está sendo investigado", afirmou.
Um perito do Instituto de Criminalística disse à polícia que o engenheiro guiava a 150 km/h. O laudo deve sair em duas semanas.
Para o delegado, a velocidade acima do limite da via, que é de 60 km/h, mostra que o motorista assumiu o risco de provocar uma morte.
O acidente ocorreu no Itaim Bibi (zona oeste de SP), quando o Porsche do engenheiro se chocou com a Tucson de Carolina Cintra Santos, 28, que furou o sinal, segundo a polícia.
O advogado do engenheiro, Celso Vilardi, estuda contratar um perito particular para contestar a informação de que ele estava em alta velocidade. "Na distância percorrida por ele, 200 metros, não dava para desenvolver essa velocidade."
Para o advogado, houve glamorização do caso devido ao carro em que o engenheiro estava e pelo fato de a vítima ser uma jovem bonita com uma promissora carreira.
Procurada, a família da vítima não quis se manifestar.


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