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VIOLÊNCIA
Índice de homicídios entre os paulistanos é 31% superior ao verificado entre os cariocas, segundo as prefeituras
Taxa de assassinato em SP supera a do Rio
Rosana Lana - 4.ago.00/Folha Imagem
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Marco Vinicio Petrelluzzi, secretário da Segurança Pública |
ANTÔNIO GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A chance de um carioca morrer
vítima de homicídio é menor do
que a de um paulistano, a julgar
pelas taxas de mortalidade das secretarias da Saúde dos dois municípios. Os números do ano passado divulgados pela Prefeitura do
Rio confirmam um quadro que já
se anunciava em 1998.
No ano passado, o município de
São Paulo atingiu a taxa de 59 vítimas de homicídio por 100 mil habitantes, enquanto no Rio a mesma taxa é de 45 por 100 mil.
O índice de São Paulo em 1999
foi 31% superior a do Rio. Em
1998, essa diferença foi de 4%.
Em São Paulo, desde 95, há aumento nas taxas de homicídio calculadas pelo Pro-Aim (Programa
de Aprimoramento das Informações de Mortalidade) e pela Fundação Seade.
Especialistas em violência nas
duas cidades preferem não determinar uma causa única para esse
fenômeno. Para o diretor do Viva
Rio, antropólogo Rubem César
Fernandes, pode haver uma explicação econômica.
"Em São Paulo, os índices de desemprego são muito piores. O Rio
viveu um momento de integração, enquanto São Paulo vem vivendo crises na administração.
Acho que a sociedade civil paulista ainda não conseguiu organizar
uma resposta à crise", afirmou.
Os dados das secretarias da saúde servem de base para o levantamento do Datasus, órgão do Ministério da Saúde responsável pelas estatísticas de mortalidade.
O levantamento de todos os
municípios e Estados deve ficar
pronto somente no começo do
ano que vem, e pode haver alguma alteração nas taxas.
No caso do Rio de Janeiro, segundo Cláudio Noronha, gerente
de informação epidemiológica da
Secretaria Municipal da Saúde, a
variação na taxa de homicídio de
1999 deverá ser pequena. "Sempre há um aumento nesta taxa
porque a Secretaria Estadual da
Saúde inclui, nos dados coletados
por nós, mortes de residentes na
capital que aconteceram em outros municípios. Essa alteração,
no entanto, nunca é muito grande", afirmou Noronha.
No Estado de São Paulo, é a
Fundação Seade que revisa a taxa
da capital, incluindo as mortes de
residentes em São Paulo ocorrida
em outros municípios.
Segundo a fundação (que já fez
a revisão dos números do Pro-Aim), a taxa de homicídios na cidade de São Paulo em 99 foi de 67
por 100 mil habitantes.
Ainda não é possível comparar
essa taxa com a do Rio porque a
Secretaria Estadual da Saúde do
Rio não finalizou o levantamento.
No Rio, os dados mostram no
Estado e na capital uma queda de
1995 para 1999. Em São Paulo,
acontece fenômeno inverso.
O índice do Estado fluminense
supera o da capital devido aos casos de violência registrados nas cidades que compõem a região metropolitana do Rio.
Colaborou FERNANDA DA ESCÓSSIA,
da Sucursal do Rio
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