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Índice já melhorou, diz Petrelluzzi
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio
Petrelluzzi, afirma, com base em
dados da própria secretaria, que a
tendência de crescimento no número de homicídios na capital e
no Estado está sendo revertida
neste ano. Segundo ele, desde o final de 1999, a secretaria já havia
detectado a queda em alguns índices de criminalidade.
A secretaria usa metodologia diferente da do Pro-Aim e da Fundação Seade para calcular o número de homicídios na cidade.
Uma das diferenças é a separação
de homicídios e de latrocínios
(roubos seguidos de morte).
"São crimes de natureza diferente. O latrocínio é muito mais
hediondo do que um simples homicídio", diz o secretário.
No primeiro semestre deste
ano, segundo a secretaria, houve
uma queda de 35% no número de
latrocínios em relação ao mesmo
período do ano passado. O crescimento do número de homicídios
na capital foi de apenas 0,18%.
Para Petrelluzzi, por se tratar de
um assunto recente no Brasil, não
é possível detectar, com precisão,
as causas para o aumento ou diminuição da violência. "Quem
descobrir isso vai ganhar um prêmio Nobel", diz o secretário.
Petrelluzzi afirma também que
a ação repressiva da polícia já chegou ao limite e que o que precisa
ser melhorado é a prevenção ao
crime.
Ele cita exemplos como o aumento no número de prisões e a
queda no número de roubos para
justificar sua cosntatação de que o
número de homicídios e a criminalidade estão diminuindo em
São Paulo.
Ainda de acordo com a secretaria da Segurança, houve queda de
50% no número de roubos a banco na capital.
Mobilização
Para Denis Mizne, diretor do
Instituto Sou da Paz, a mobilização da sociedade pode contribuir
para diminuir o número de homicídios em São Paulo.
"Quase a metade dos homicídios em São Paulo acontecem por
motivos fúteis, como discussões
em bares ou brigas de trânsito. É
papel da sociedade se mobilizar e
mostrar que há outros meios eficazes de resolver os conflitos",
afirma Mizne.
Para o diretor do Instituto Sou
da Paz, isso não exime a Secretaria de Segurança Pública de sua
responsabilidade. "No entanto, se
não houver mobilização da sociedade, o trabalho fica muito mais
difícil", diz.
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