São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2000


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SEGURANÇA
Prefeitura busca patrocínio de empresas privadas para instalar sistema de vigilância por câmeras no parque
Pitta quer fim da prostituição no Trianon

SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O parque Trianon, na região dos Jardins (zona sudoeste de São Paulo), é o próximo a passar pela operação limpeza da prefeitura.
A operação inclui o aumento do esquema de segurança e o manejo da vegetação, com a substituição de arbustos por grama. A intenção é tornar o espaço mais arejado, e, assim, menos propício à violência.
O Trianon é conhecido na cidade como ponto de prostituição masculina. O plano da prefeitura é retirar os garotos de programa do parque.
Após inaugurar o circuito fechado de TV do Jardim da Luz (zona central), ontem, o prefeito Celso Pitta (PTN) afirmou que a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente está preparando a implantação do mesmo sistema de vigilância nos parques Trianon e Ibirapuera.
"Há um ano tomamos a iniciativa de recuperar o Jardim da Luz, que era um parque muito bonito, mas degradado pela má conservação e pela má frequência", disse Pitta, referindo-se aos usuários de crack e às prostitutas que fazem ponto no parque.
"O mesmo ocorre no Trianon, em que a população é afastada por frequentadores indesejados", completou Pitta.
Segundo o prefeito, a implantação do novo esquema de segurança deverá ser imediata.

Parcerias
O circuito fechado de TV da Luz foi feito por meio de uma licitação pública, vencida pela empresa Entel, e custará cerca de R$ 20 mil mensais à prefeitura.
Já para os demais parques, segundo o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Ricardo Ohtake, a prefeitura está desenvolvendo parcerias iguais a que fez com a construtora Gafisa para restaurar a casa de chá e o coreto da Luz.
"Há possíveis parceiros tanto entre empresas de sistema de vigilância por TV quanto de outros setores que buscam um tipo de marketing diferente", declarou.A organização não-governamental Comunicação para o Meio Ambiente (Comam) auxilia a secretaria no trabalho de revitalização dos parques.
Segundo a diretora da ONG, Ana Flávia Borges Bardue, "os trabalhos de conscientização da população local a respeito da importância do parque" começam a ser feitos no Trianon.
"Como no caso da Luz, iniciamos com uma mobilização da comunidade enfocando a recuperação do espaço", diz. "A nossa intenção maior não é só articular parcerias com os empresários locais, mas também recuperar a memória a respeito do espaço."
Para a equipe da prefeitura, a presença de prostitutas e usuários de drogas, como no caso da Luz, ou de michês (caso do Trianon), inibe a população de frequentar os parques, o que acaba contribuindo para degradá-lo.
"Quando iniciamos os trabalhos no Jardim da Luz, havia perto de 300 prostitutas, que faziam programas, às vezes, dentro do próprio parque", declara o chefe de gabinete da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, Carlos Alberto Ungaretti.


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