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ABASTECIMENTO
Começa transferência da Billings para Guarapiranga, que está com 20,2% do seu volume
Racionamento de água deverá acabar só em dezembro
MARIANA VIVEIROS
DA REPORTAGEM LOCAL
O racionamento de água na capital termina quando a represa
Guarapiranga atingir cerca de
40% do seu volume operacional
-ou 67,6 bilhões de litros de um
total de 169 bilhões de litros. Isso
só deve acontecer em dezembro.
O percentual é estimado pela
Sabesp tendo como base o nível
da represa em anos anteriores e
uma margem de segurança para a
estação seca do ano que vem.
O governador Mário Covas e o
secretário de Estado dos Recursos
Hídricos, Antonio Carlos de Mendes Thame, afirmam que a falta
de água vai até o início de novembro, mas, mesmo com chuva e
com a transferência de até 4.000
litros por segundo da represa Billings para a Guarapiranga, o prazo deve ser dilatado.
A previsão "pessimista" da Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo)
-que conta com o reforço da Billings, mas adota índices pluviométricos abaixo das médias históricas- é de que a represa esteja
com entre 15% e 12% do seu volume no final de novembro.
Mesmo que chova a média nos
próximos dois meses, a diferença
entre o que se vai retirar da represa para consumo (cerca de 51 bilhões de litros) e o que entrará de
vazão (cerca de 21 bilhões de litros) nesse período ficará em torno de 30 bilhões de litros.
Segundo a Sabesp, a média de
chuva nos meses de setembro e
outubro na região da Guarapiranga é respectivamente de 88,9 e
131,1 milímetros. Se chover a média, o acumulado será de 220 milímetros, pouco mais da metade do
déficit hídrico da represa, que é de
cerca de 400 milímetros.
Em virtude da seca e do atraso
na conclusão de obras, 2,8 milhões de moradores das zonas sul
e sudoeste enfrentam falta de
água desde 1º de junho.
Ontem Guarapiranga estava
com 20,2% do seu volume. O nível vem caindo em média 0,3 ponto percentual por dia. Em agosto
de 99, o índice era de 60%.
A transferência de água da Billings foi iniciada ontem em caráter experimental. Serão bombeados mil litros por segundo até o final da semana. Nesse período, a
Sabesp quer receber a autorização
ambiental para 2.000 litros iniciais e pedir ampliação para 4.000
litros por segundo, que só devem
começar a ser transferidos na segunda quinzena de setembro.
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