São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

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SEGURANÇA

Dupla atirou em motorista e assumiu veículo de turismo em rodovia que liga Jundiaí a Itu; perto de Campinas, PM foi morto

Assaltantes fazem reféns em ônibus

KLEBER TOMAZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Dois assaltantes faziam pelo menos 30 passageiros reféns e negociavam a libertação deles em um ônibus de turismo, no km 69 da rodovia SP-300, que liga Jundiaí a Itu, até o fechamento desta edição, às 23h.
Segundo o Corpo de Bombeiros, dois passageiros ficaram feridos ao pular pela janela do ônibus. O motorista foi baleado e levado para o Hospital São Vicente de Paula, em Jundiaí. Quatro reféns também foram liberados pelos assaltantes.
Segundo a PM, às 23h, cerca de 50 policiais acompanhavam a ação no ônibus. Ainda de acordo com a PM, um dos assaltantes vestia uma farda da polícia.
O cerco ao ônibus sequestrado começou às 19h45, em Itupeva. Depois de perceber a presença da polícia, os assaltantes ainda andaram seis quilômetros até parar no km 69.
A polícia não confirmou, até as 23h, se havia ligação entre a invasão do ônibus e uma perseguição a seis suspeitos iniciada horas antes na região de Campinas.
Na perseguição, um policial militar foi morto com um tiro na cabeça. Outro policial foi baleado, mas ontem não corria risco de morte.
A ação começou por volta das 18h, na estrada que liga Vinhedo a Campinas. Policiais militares viram três dos suspeitos em uma perua e decidiram abordá-los. Os ocupantes do veículo receberam a polícia a tiros de fuzil e metralhadora.
Na troca de tiros, dois policiais foram baleados. Após o tiroteio, os três homens armados abandonaram a perua e fugiram a pé pelo mato.
Outros três homens que, de acordo com a polícia, ocupavam uma picape que dava cobertura ao grupo, fugiram.
Na rodovia dos Bandeirantes, os ocupantes da picape trocaram tiros com policiais.
No começo da noite, um suspeito foi baleado e detido pela Polícia Militar. O nome dele e as circunstâncias de sua captura não foram revelados.

Assalto
Os seis homens, segundo a polícia, teriam roubado a fazenda Santana da Grama, na região do Campo Belo, no final da tarde.
O coronel Lúcio Ricardo Oliveira, comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar de Campinas, afirmou que havia a possibilidade de os assaltantes que estavam no ônibus não serem os mesmo do assalto à fazenda.
O coronel Osni José Rodrigues da Silva, do 11º BPM, que comandava a ação de cerco ao ônibus, disse, às 23h30, que era praticamente nula a possibilidade de haver relação entre os dois crimes.
O policial morto foi Luiz Donizete da Silva, baleado na cabeça com um tiro de espingarda calibre 12. Ele morreu na Santa Casa de Valinhos.
O outro policial, identificado apenas como soldado Siqueira, levou dois tiros de metralhadora, um no braço e outro na perna, e encontrava-se hospitalizado na Santa Casa de Vinhedo e até o fechamento desta edição.
Após a troca de tiros, pelo menos 40 carros da Polícia Militar de Campinas e Indaiatuba, guardas municipais de Campinas, Vinhedo e Valinhos começaram as buscas. Dois helicópteros da PM participaram da ação.


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