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SEGURANÇA
Dupla atirou em motorista e assumiu veículo de turismo em rodovia que liga Jundiaí a Itu; perto de Campinas, PM foi morto
Assaltantes fazem reféns em ônibus
KLEBER TOMAZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Dois assaltantes faziam pelo
menos 30 passageiros reféns e negociavam a libertação deles em
um ônibus de turismo, no km 69
da rodovia SP-300, que liga Jundiaí a Itu, até o fechamento desta
edição, às 23h.
Segundo o Corpo de Bombeiros, dois passageiros ficaram feridos ao pular pela janela do ônibus. O motorista foi baleado e levado para o Hospital São Vicente
de Paula, em Jundiaí. Quatro reféns também foram liberados pelos assaltantes.
Segundo a PM, às 23h, cerca de
50 policiais acompanhavam a
ação no ônibus. Ainda de acordo
com a PM, um dos assaltantes
vestia uma farda da polícia.
O cerco ao ônibus sequestrado
começou às 19h45, em Itupeva.
Depois de perceber a presença da
polícia, os assaltantes ainda andaram seis quilômetros até parar no
km 69.
A polícia não confirmou, até as
23h, se havia ligação entre a invasão do ônibus e uma perseguição
a seis suspeitos iniciada horas antes na região de Campinas.
Na perseguição, um policial militar foi morto com um tiro na cabeça. Outro policial foi baleado,
mas ontem não corria risco de
morte.
A ação começou por volta das
18h, na estrada que liga Vinhedo a
Campinas. Policiais militares viram três dos suspeitos em uma
perua e decidiram abordá-los. Os
ocupantes do veículo receberam a
polícia a tiros de fuzil e metralhadora.
Na troca de tiros, dois policiais
foram baleados. Após o tiroteio,
os três homens armados abandonaram a perua e fugiram a pé pelo
mato.
Outros três homens que, de
acordo com a polícia, ocupavam
uma picape que dava cobertura
ao grupo, fugiram.
Na rodovia dos Bandeirantes, os
ocupantes da picape trocaram tiros com policiais.
No começo da noite, um suspeito foi baleado e detido pela Polícia
Militar. O nome dele e as circunstâncias de sua captura não foram
revelados.
Assalto
Os seis homens, segundo a polícia, teriam roubado a fazenda
Santana da Grama, na região do
Campo Belo, no final da tarde.
O coronel Lúcio Ricardo Oliveira, comandante do 8º Batalhão da
Polícia Militar de Campinas, afirmou que havia a possibilidade de
os assaltantes que estavam no
ônibus não serem os mesmo do
assalto à fazenda.
O coronel Osni José Rodrigues
da Silva, do 11º BPM, que comandava a ação de cerco ao ônibus,
disse, às 23h30, que era praticamente nula a possibilidade de haver relação entre os dois crimes.
O policial morto foi Luiz Donizete da Silva, baleado na cabeça
com um tiro de espingarda calibre
12. Ele morreu na Santa Casa de
Valinhos.
O outro policial, identificado
apenas como soldado Siqueira, levou dois tiros de metralhadora,
um no braço e outro na perna, e
encontrava-se hospitalizado na
Santa Casa de Vinhedo e até o fechamento desta edição.
Após a troca de tiros, pelo menos 40 carros da Polícia Militar de
Campinas e Indaiatuba, guardas
municipais de Campinas, Vinhedo e Valinhos começaram as buscas. Dois helicópteros da PM participaram da ação.
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