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RIO
Ele era funcionário da Petrobras
Operador morre ao cair em tanque de navio
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O operador de produção Luís
Carlos Bispo, 35, morreu na noite
de anteontem em um acidente no
navio Jurupema, da Petrobras, na
bacia de Campos, no Rio.
Com sua morte, chega a nove o
número de petroleiros mortos
neste ano em acidentes em navios
e plataformas da estatal na bacia
de Campos, segundo levantamento do Sindipetro/NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense). Os poços dessa bacia
respondem por cerca de 80% da
produção de petróleo no Brasil.
Segundo informações da empresa, por volta das 22h de quinta-feira, Bispo caiu em um dos
tanques do navio ao tentar movimentar um mangote (tubo flexível que recebe os resíduos de um
rebocador). O Jurupema auxilia
as operações da plataforma P-27,
que fica no campo de Voador.
Bispo chegou a ser socorrido
por colegas, mas morreu no local.
Uma ambulância aérea chegou a
ser acionada, mas, quando chegou ao local do acidente, o petroleiro já havia morrido. Funcionário da Petrobras, Bispo trabalhava
na Transpetro, uma subsidiária
da estatal, desde janeiro de 1989.
Ele morava em Salvador (BA),
era casado e tinha dois filhos.
A Petrobras informou que uma
comissão de inquérito foi criada
para investigar as causas do acidente. Até a conclusão desta edição, o grupo ainda não havia se
manifestado sobre a apuração.
Segundo o diretor do Sindipetro/NF, Fernando Carvalho, Bispo caiu de uma altura de três metros e ingeriu produtos químicos
e gases. De acordo com o Sindipetro/NF, o número de mortos em
acidentes na bacia de Campos
neste ano já supera o registrado
em todo o ano passado, quando
seis petroleiros morreram em 11
ocorrências.
De acordo com a entidade, a
maioria das vítimas era de trabalhadores terceirizados -sete neste ano e cinco em 2002.
O último acidente com mortes
registrado na bacia de Campos
ocorreu no dia 5 de julho. Na ocasião, cinco pessoas morreram
após a queda de um helicóptero.
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