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PARANÁ
Oito são presos acusados de venda ilegal de remédios pela internet
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Federal no Paraná prendeu ontem, em Curitiba, oito suspeitos de integrar uma quadrilha que vendia ilegalmente remédios de
uso controlado pela internet
aos EUA, Canadá e Europa.
O grupo, diz a PF, atuava
desde 2003 e movimentava
em torno de US$ 300 mil por
ano (cerca de R$ 500 mil).
A operação, batizada de
Tarja Preta, prendeu funcionários de cinco farmácias e
de uma distribuidora de medicamentos, além de um traficante apontado como líder.
Segundo a PF, a quadrilha
enviava remédios psicotrópicos (que agem como calmantes ou estimulantes)
restritos, que só podem ser
vendidos com receita médica. De acordo com Altair Menosso, da PF no Paraná, os
remédios eram vendidos para pessoas que não precisavam de tratamento.
"São altamente restritos
no exterior. Alguns nem são
vendidos fora", disse.
O remédio mais enviado
para o exterior era o OxyContin (nome comercial),
receitado para tirar a dor de
pacientes de câncer.
Os medicamentos eram
negociados em grupos de
discussão na internet e remetidos por correio camuflados em cartões ou em embalagens de vitaminas. O pagamento era feito por meio
de um sistema de transferência internacional de fundos.
As investigações começaram há três meses, a partir de
informações repassadas pela
DEA (Drug Enforcement
Administration), agência
americana de combate ao
narcotráfico.
Ontem, a PF apreendeu
dez veículos, uma motocicleta, R$ 22 mil e ao menos
2.000 comprimidos.
Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação
ao tráfico, lavagem de dinheiro e falsificação de medicamentos.
(CÍNTIA ACAYABA)
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