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TRANSPORTE
Paralisação de motoristas, que pedem delegacia especializada e segurança, afetou principalmente a zona leste
Greve deixa 1 milhão sem ônibus em SP
DO "AGORA SÃO PAULO"
A zona leste de São Paulo foi a
região mais afetada pela greve de
ônibus, ontem. Nenhum veículo
circulou das 5h às 6h na região, segundo a SPTrans. À tarde, motoristas fizeram manifestação no
vão livre do Masp, na avenida
Paulista (zona central), para apresentar as reivindicações.
Segundo o sindicato dos motoristas de ônibus, o protesto teve
adesão de 95% da categoria e, de
acordo com a SPTrans, afetou
cerca de 1 milhão de pessoas.
A greve, da 0h às 7h, ocorreu em
razão do assassinato do motorista
João Rodrigues da Silva, 44, em
assalto anteontem de madrugada.
O cobrador José de Paula Moreira, 50, também foi baleado.
Segundo as estatísticas do sindicato, somente este ano, nove motoristas, dois cobradores e um fiscal foram mortos em serviço.
A categoria alega que mais quatro sindicalistas foram assassinados por "motivos políticos".
"Vamos dar um prazo de 15 dias
para a Secretaria da Segurança
Pública tomar providências. Não
descartamos a possibilidade de
uma greve sem data para terminar", afirmou Gregório Poço, presidente do sindicato.
Delegacia especializada
O principal pedido da entidade
é a criação de uma delegacia especializada para atuar nos crimes
contra os transportes coletivos.
"A polícia poderia fazer um mapeamento das regiões mais perigosas e dos horários que têm o
maior número de assaltos", disse
Poço. O presidente do sindicato
também cobrou mais policiamento para os ônibus.
O sindicato pediu ainda um empenho maior por parte da polícia
na apuração dos crimes e sugeriu
que fosse criado um mecanismo
de comunicação com a Polícia
Militar, para ser usado em caso de
assaltos aos veículos das viações.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado informou que a
proposta de criação da delegacia
deverá ser analisada.
O mapeamento dos crimes, de
acordo com a secretaria, será feito
assim que estiver definitivamente
implantada a nova rede de computadores nas delegacias.
Segundo a secretaria, desde
abril houve reforço no policiamento para oferecer mais segurança aos motoristas.
A assessoria de imprensa informou ainda que está havendo empenho por parte da polícia para a
apuração dos crimes.
A categoria reclama que a falta
de segurança no transporte é intensificada durante a noite.
Segundo Poço, a zona leste é,
atualmente, a região que apresenta o maior risco para os motoristas, especialmente depois das 21h.
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