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Marina Silva e Olívio Dutra fazem campanha pelo uso de ônibus e de bicicleta, mas vão a encontros de automóvel
Ministro usa carro no dia do ato contra carro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ministros Olívio Dutra (Cidades) e Marina Silva (Meio Ambiente) promoveram ontem a "4ª
Jornada Brasileira Na Cidade Sem
Meu Carro", realizada simultaneamente em 69 municípios e em
Brasília. Mas os dois o fizeram,
por assim dizer, pela metade.
Olívio esteve no principal evento do dia em Brasília -uma reunião de cerca de 50 ciclistas na
Torre de TV, na região central. De
lá, seguiram de bicicleta, por 2,5
km, até a sede do ministério.
Só que Olívio foi de sua casa ao
ponto de encontro de carro, num
percurso de 8 km. E o seu caminho pelo Eixo Monumental dos
Ministérios foi aberto por batedores da Polícia Militar.
O percurso ciclístico do ministro, quase sempre em declive, foi
feito em 20 minutos. "Não estou
tão fora de forma", brincou.
Olívio se encontrou na seqüência com Marina num ponto de
ônibus. A trajetória dela começara em uma parada perto de sua
casa. Ambos inauguraram, então,
estacionamentos para bicicletas,
um em cada ministério. Mais tarde, porém, às 15h, quando precisou ir ao Palácio do Planalto para
uma reunião, Marina optou pelo
tradicional: usou o carro.
O "dia sem carro" visa difundir
o uso do transporte público, dos
veículos alternativos, como a bicicleta, e da carona solidária.
São Paulo
Em São Paulo, às 9h, foram registrados 97 km de vias engarrafadas -16 km acima da média das
quartas-feiras nesse horário, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Às 19h, havia 103 km - dentro da média.
A campanha na capital paulista
foi tímida e marcada por atos isolados. A prefeitura não fechou nenhuma via. Limitou-se a distribuir panfletos e colocar faixas em
cruzamentos incentivando o uso
do transporte coletivo.
Na hora em que havia 97 km de
filas, o secretário municipal de
Transportes, Gerson Bittencourt,
procurava divulgar a campanha
indo trabalhar de ônibus. Ele levou cerca de 20 minutos para percorrer os 2,5 km da av. Paulista.
Ele diz que os recém-construídos corredores Passa-Rápido (exclusivos aos ônibus) devem estimular a troca do carro pelo transporte coletivo. Apesar de ter ido
de ônibus à Secretaria de Transportes, Bittencourt afirmou não
saber de nenhum conhecido seu
que tenha deixado o carro na garagem por causa da campanha.
Em Belo Horizonte (MG), quatro quarteirões do centro ficaram
fechados para carros das 8h às
17h. O trecho foi transformado
em jardim, com mesas de discussão sobre o transporte na cidade.
Colaboraram a Agência Folha e a Reportagem Local
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