São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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Kassab vai tirar camelôs ilegais e espera 'guerra'

Prefeitura já prevê conflitos com ambulantes da feirinha da madrugada

Operação será realizada nos próximos dias; governo paulistano quer conceder local à iniciativa privada


DE SÃO PAULO

A Prefeitura de São Paulo e a Polícia Militar preparam, para os próximos dias, uma megaoperação de combate aos camelôs ilegais que atuam na região da chamada feirinha da madrugada, no Pari, região central da cidade.
Segundo a prefeitura, apenas 2.949 ambulantes com boxes dentro da área da feira são legalizados. Em novembro, quando a prefeitura assumiu a administração do terreno, cerca de 8.000 atuavam no local -4.700 legais.
A maior parte dos camelôs que foram retirados da feira monta hoje suas barracas nas ruas do entorno. Ronaldo Camargo, secretário das Subprefeituras, diz que são cerca de 4.200 atuando irregularmente na região na madrugada.
Para combater essa atividade, a prefeitura ampliou de 120 para 300 o número de policiais que trabalham na chamada "operação delegada" -uma espécie de "bico oficial" em que PMs de folga trabalham fardados em ações de fiscalização e recebem um adicional da prefeitura para isso.
Esses policiais, segundo o coronel Marcos Roberto Chaves, comandante da PM na capital, devem atuar nos próximos dias principalmente de madrugada para combater os camelôs ilegais do Pari.
A Folha apurou que a prefeitura já espera conflitos entre policiais e camelôs nos primeiros dias da operação. Não foi divulgada a data exata do início da fiscalização.
A área da feira da madrugada pertencia à Rede Ferroviária Federal e foi transferida para o governo federal quando a empresa faliu.
Em novembro do ano passado, o Ministério do Planejamento transferiu para a prefeitura a gestão do terreno. Assim, todos os grupos que se denominavam administradores da feira passaram a atuar clandestinamente.
Agora a prefeitura negocia com o governo federal a transferência definitiva da área. Quando o processo for concluído, a prefeitura vai conceder a gestão do terreno à iniciativa privada.
Estão previstos investimentos de cerca de R$ 300 milhões no local. (EVANDRO SPINELLI E AFONSO BENITES)


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