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SAÚDE
Anticoncepcional falhou 3 vezes
Vigilância de SP vai proibir uso de Tricilon
MÁRIO ROSSIT
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA CAMPINAS
O CVS (Centro de Vigilância Sanitária) do Estado de São Paulo
vai proibir a venda e a distribuição de 52 mil ampolas de um lote
do anticoncepcional Tricilon.
O medicamento -que é distribuído pelo Ministério da Saúde-
apresentou problemas na diluição e não teria evitado a gravidez
de três mulheres em Campinas.
A Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) informou
ontem que também deve tomar a
mesma medida em todo o país,
assim que receber o comunicado
da Vigilância Sanitária de Campinas constatando o problema.
A determinação para o recolhimento do remédio nas farmácias
de São Paulo deve ser publicada
entre hoje e amanhã no "Diário
Oficial" do Estado.
A medida do CVS ocorreu depois de a vigilância de Campinas
ter determinado, ontem, a retirada nos centros de saúde e nas farmácias. O município já havia suspendido a utilização do lote
A33720 em junho, quando três
usuárias ficaram grávidas.
Um laudo do Instituto Adolfo
Lutz, em São Paulo comprovou
que havia problema. "Suspeitamos que, como o anticoncepcional não misturava, as mulheres
que tomavam a dose poderiam
estar recebendo uma quantidade
menor", afirmou a coordenadora
da Vigilância Sanitária de Campinas, Salma Balista.
A dona-de-casa Elaine Aparecida da Silva, 19, era uma das usuárias. Ela descobriu que estava grávida em abril, após iniciar o tratamento em dezembro.
Outro lado
A Organon do Brasil informou
que vai requerer um novo exame.
O laboratório afirmou que "nenhum anticoncepcional é totalmente eficaz" e que o Tricilon tem
margem de ineficácia de 0,3%.
Segundo a Organon, problemas
no transporte, no armazenamento ou na aplicação podem ter causado a falha.
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