São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COR NA PELE

Convenção começou anteontem em São Paulo; hoje terá concurso

Feira mostra tatuagem progressiva

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A dor é um mero detalhe. O que vale é colorir a pele e enfeitar o corpo, nem que para isso seja preciso passar horas em posições desconfortáveis, muitas vezes sentindo a agulha pinicar.
Para os cerca de 10 mil visitantes esperados na 9ª Convenção Internacional de Tatuagem no Brasil, que começou anteontem na zona oeste de São Paulo, o importante é se tatuar ou fazer um piercing seja por vaidade, seja por homenagem.
É para declarar o amor à primeira filha que ainda nem nasceu que o músico Maurício Canuso, 31, tatuou nos dedos a palavra Isa. O casal foi conferir de perto o primeiro dia da convenção, que fica aberta até amanhã no Espaço das Américas (Rua Tagipuru, 795, Barra Funda), das 12h às 22h.
Uma das novidades desta edição é a tatuagem progressiva temporária. Feita à base de ervas, ela demora cerca de 24 horas para escurecer e dura 15 dias. O kit para auto-aplicação custa R$ 8 e é indicado para aqueles que ainda não têm certeza se querem uma tatuagem definitiva.
A grande atração, no entanto, é o tatuador francês Kohlo'ode, que trabalha com a técnica polinésia do tatau -um dos primeiros tipos de tatuagem do mundo. "Usamos uma espécie de martelinho de madeira com uma agulha na ponta e vamos pintando por pontinhos", explica. "Demora mais, mas a dor é menor porque não é contínua."
Além de Kohlo'ode, participam do evento cerca de 500 tatuadores, body piercers e expositores do Brasil e de países como Alemanha, Bolívia, Espanha, Holanda, Itália, México, Peru e Suíça. Hoje acontece o concurso de tatuagens, dividido nas categorias comics, tribal, oriental, preto e branco, entre outras.
Bob Piercing, 23, bem que poderia concorrer. Com o corpo coberto de tatuagens e 13 piercings, ele diz apresentar o maior alargador de orelha da América Latina. "Ele tem 100 milímetros de largura e, se alguém estiver chegando perto do meu recorde, coloco um maior", diz. "Uso o alargador há quatro anos e nem me incomodo mais. Gosto de ser diferente", afirma.


Texto Anterior: Outro lado: USP nega não buscar formas de inclusão social
Próximo Texto: Panorâmica - Trânsito: Detran inicia novo sistema de emplacamento de veículos em novembro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.