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COR NA PELE
Convenção começou anteontem em São Paulo; hoje terá concurso
Feira mostra tatuagem progressiva
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A dor é um mero detalhe. O
que vale é colorir a pele e enfeitar
o corpo, nem que para isso seja
preciso passar horas em posições
desconfortáveis, muitas vezes
sentindo a agulha pinicar.
Para os cerca de 10 mil visitantes esperados na 9ª Convenção
Internacional de Tatuagem no
Brasil, que começou anteontem
na zona oeste de São Paulo, o importante é se tatuar ou fazer um
piercing seja por vaidade, seja
por homenagem.
É para declarar o amor à primeira filha que ainda nem nasceu que o músico Maurício Canuso, 31, tatuou nos dedos a palavra Isa. O casal foi conferir de
perto o primeiro dia da convenção, que fica aberta até amanhã
no Espaço das Américas (Rua
Tagipuru, 795, Barra Funda), das
12h às 22h.
Uma das novidades desta edição é a tatuagem progressiva
temporária. Feita à base de ervas,
ela demora cerca de 24 horas para escurecer e dura 15 dias. O kit
para auto-aplicação custa R$ 8 e
é indicado para aqueles que ainda não têm certeza se querem
uma tatuagem definitiva.
A grande atração, no entanto, é
o tatuador francês Kohlo'ode,
que trabalha com a técnica polinésia do tatau -um dos primeiros tipos de tatuagem do mundo.
"Usamos uma espécie de martelinho de madeira com uma agulha na ponta e vamos pintando
por pontinhos", explica. "Demora mais, mas a dor é menor porque não é contínua."
Além de Kohlo'ode, participam do evento cerca de 500 tatuadores, body piercers e expositores do Brasil e de países como
Alemanha, Bolívia, Espanha,
Holanda, Itália, México, Peru e
Suíça. Hoje acontece o concurso
de tatuagens, dividido nas categorias comics, tribal, oriental,
preto e branco, entre outras.
Bob Piercing, 23, bem que poderia concorrer. Com o corpo
coberto de tatuagens e 13 piercings, ele diz apresentar o maior
alargador de orelha da América
Latina. "Ele tem 100 milímetros
de largura e, se alguém estiver
chegando perto do meu recorde,
coloco um maior", diz. "Uso o
alargador há quatro anos e nem
me incomodo mais. Gosto de ser
diferente", afirma.
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