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Interno não identificou autores, diz corregedor
DA REPORTAGEM LOCAL
O corregedor-geral da Febem, Alexandre Perroni, afirmou que nas investigações internas já concluídas "não foram
encontrados subsídios" de possíveis excessos ou os "adolescentes não reconheceram ou
individualizaram a conduta" de
seus supostos agressores.
Perroni disse não acreditar
no argumento do Ministério
Público, de que os internos teriam mais dificuldade para
identificar agentes penitenciários. "Eu acho um pouco difícil.
Por exemplo: se eu tomo um tapa na cara hoje de um fulano, eu
nunca mais esqueço da cara dele", disse o corregedor-geral da
fundação. Segundo ele, seria
possível, no mínimo, o reconhecimento fotográfico.
Segundo ele, o número de 14
investigações para apurar
ações de um grupo pequeno de
agentes não é expressivo. "Se
você for ver, 14 casos em um
ano e meio, se você pegar a situação em que Febem estava
quando a dra. Berenice [Gianella] assumiu até hoje, não é um
número alto. Nós tivemos muito mais do que 14 rebeliões",
afirmou Perroni.
Ele nega que a Febem tenha
dificuldade em investigar ações
envolvendo o GIR pelo fato de o
grupo pertencer à outra secretaria. "Todos os órgãos que
prestam serviço para a fundação, a gente ouve, apura, e encaminha para o órgão de origem."
Perroni afirmou que o GIR
veio para a Febem para tentar
gerenciar uma situação de crise. Ele disse que o convênio
vence em março de 2007, mas
pode ser renovado. Segundo
ele, o GIR está hoje mais dedicado ao treinamento do Grupo
de Apoio -formado por agentes da Febem e que atua na contenção dos internos.
Segundo a assessoria da Febem, o GIR entrou na Febem
por meio de um termo de compromisso, publicado em março
de 2005. O grupo é alterado a
cada seis meses.
Dos agentes do GIR, só dois
foram ouvidos pela Corregedoria da Febem, segundo cópias
das sindicâncias encaminhadas
à Promotoria. Marcio Coutinho, idealizador do GIR e responsável pelo projeto piloto no
CDP de Sorocaba, disse, na sindicância sobre a ocorrência do
dia 8 de julho de 2005, na Vila
Maria, que internos reagiram a
uma revista e houve necessidade de contenção.
A reportagem solicitou à assessoria da Secretaria da Administração Penitenciária, na
sexta-feira, informações sobre
possíveis investigações da Corregedoria da secretaria para
apurar denúncias de abusos de
ações do GIR na Febem e no
sistema prisional. A assessoria,
no entanto, não respondeu.
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