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Verba é menor que a prevista, diz governo
Segundo secretário de Estado de Planejamento, o corte de recursos para a realização de obras se deve à baixa arrecadação
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de Estado de
Planejamento, Fernando Braga, afirmou que os cortes de
gastos estão sendo realizados
porque a arrecadação do governo de São Paulo está aquém do
previsto na época da elaboração do Orçamento de 2006, em
setembro do ano passado.
"Alongar o cronograma de
obras é possível, mas déficit
não faremos. O que foi executado será pago. Passo maior que a
perna esse governo nunca deu e
não é agora que vai dar. Ninguém aqui vai largar um centavo de dívida para trás", diz Braga. Ele argumenta que as condições econômicas do Brasil também foram prejudiciais.
Segundo nota divulgada pelo
Palácio dos Bandeirantes, além
do crescimento do PIB abaixo
da expectativa, o governo federal também não efetuou os repasses previstos para este ano.
A nota cita que não chegaram
da União as verbas do Fundo de
Segurança Nacional e do Fundo Penitenciário nem R$ 140
milhões para o Rodoanel. A
CPTM diz que também pretendia obter recursos federais para
completar seu Orçamento.
Segundo o secretário, com os
cortes de despesas, o governo
do Estado não fechará o ano
com déficit. "A diminuição do
ritmo das obras é ação de uma
administração responsável."
Empresas
O Metrô alega que seus investimentos estão dentro da
previsão e do cronograma. Ele
nega que a entrega da estação
Alto do Ipiranga, adiada para
março de 2007, seja um atraso
porque essa é a data contratual.
A empresa afirma que a promessa de inaugurá-la em outubro de 2006 -repetida em publicações e discursos oficiais da
gestão Alckmin e Lembo- era
somente uma "antecipação".
A companhia não explicou
por que ela não costumava
anunciar publicamente que
2006 era só uma tentativa de
antecipar a obra, e não um
compromisso contratual.
Em relação à execução de só
26% do previsto no Orçamento, a assessoria do Metrô informou que a diferença foi compensada com a entrada de recursos do BNDES. Diz que já
foram investidos R$ 583 milhões neste ano nas linhas 2 e 4
e que ainda pretende aplicar
outros R$ 338 milhões.
A CPTM afirma que nenhum
projeto foi cancelado e culpa o
atraso a fatores como demora
da licença e chuvas.
A Secretaria dos Transportes
culpa a interrupção das obras
em 156 km de rodovias -inclusive no trecho de serra da SP-125 (Osvaldo Cruz)- à demora
do Tesouro Nacional para
aprovar um financiamento do
BID. O Ministério da Fazenda
não se manifestou.
(JEC e AI)
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