São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Mulheres no PA não evitaram prisão de suspeita de furto

DA AGÊNCIA FOLHA

O caminho que colocou a jovem presa por furto em uma cela com 20 homens por cerca de um mês, em Abaetetuba (PA), foi cruzado por mulheres detentoras de cargos públicos.
O flagrante da prisão da jovem foi lavrado, segundo a Polícia Civil do Estado, pela delegada Flávia Verônica Pereira. A delegada foi afastada até o fim da investigação do caso.
O pedido de remoção da presa foi encaminhado à juíza Clarice Maria de Andrade. Segundo a Polícia Civil, a solicitação de transferência não foi atendida. No ofício, a polícia afirma ter informado a juíza da situação de risco da presa.
A prisão da jovem ocorreu em um Estado governado por uma mulher, a governadora Ana Júlia Carepa (PT). Questionada sobre como analisava o caso, como mulher e governante, ela respondeu por e-mail: "Estou indignada e chocada. Minha vida política sempre foi pautada pela defesa dos direitos humanos e não poderia ser diferente no meu governo".
A responsável pela segurança pública no Estado também é uma mulher. Em nota, Vera Tavares, que tem histórico de militância em direitos humanos, disse reconhecer "que toda violação aos direitos de uma mulher é uma violação aos direitos humanos que deve ser punida exemplarmente".
Para Aparecida Gonçalves, subsecretária da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, não basta ser mulher para garantir os direitos de gênero.
"Temos que investir na capacitação dos profissionais da segurança pública e do Judiciário no que diz respeito aos direitos da mulher", disse. (SF)


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