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Refeição feita por servidor também tem deficiências
DA REPORTAGEM LOCAL
A fiscalização da merenda
também constatou deficiências em escolas onde a refeição é preparada pelos próprios servidores (modelo
chamado de autogestão).
Nessas unidades, já houve diversos flagrantes de falta de
uniformes e toucas das merendeiras, além da infraestrutura precária -como fogão em más condições.
Numa vistoria no CEI Cidade 4º Centenário, no dia 21
de outubro, a fiscalização do
CAE constatou falta de comida. Além do baixo estoque,
não havia leite em pó nem
macarrão. A prefeitura admite a falha pela falta do leite
em pó (alega um problema
no contrato de fornecimento), mas considera não haver
motivos para a ausência do
macarrão. E diz que os estoques da unidade foram reabastecidos dois dias depois.
Os dois modelos de fornecimento da merenda (terceirizado e autogestão) são motivo de uma guerra de mercado entre empresas de cada
segmento e constante troca
de acusações entre elas.
A disputa é por uma receita estimada em R$ 2 bilhões
por ano no país. Na capital
paulista, os contratos com as
terceirizadas atingem R$ 35
milhões por mês. Com base
em relatório da Fipe/USP, a
Promotoria já tentou barrar
na Justiça a continuidade do
sistema terceirizado em São
Paulo, afirmando que ele é
mais caro e de pior qualidade
-além de acusações de conluio entre as empresas.
Essa avaliação é questionada pela prefeitura e pelas
empresas terceirizadas
-que alegam ser vítimas de
uma campanha de atacadistas, interessados em vender
só os alimentos, e não os serviços de preparo e distribuição da merenda.
Numa ação trabalhista, um
advogado que tentou barrar
diversas licitações nos últimos anos disse que era pago
por um grupo de 11 empresários atacadistas para fazer
lobby contra a terceirização.
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