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Procuradoria cobra Unifesp por desperdício
Órgão quer nome do responsável por gasto de R$ 1,2 mi com imóveis não usados
LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO
O procurador da República Sergio Suiama voltou a cobrar ontem da Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo) informações sobre o
andamento dos procedimentos disciplinares abertos para
apurar "as responsabilidades pelas ilegalidades administrativas cometidas por
gestores da universidade".
A cobrança refere-se especificamente à constatação da
CGU (Controladoria-Geral da
União) de desperdício de R$
1,2 milhão em verbas públicas usadas para pagamentos
de aluguéis de 12 imóveis situados na Vila Clementino
(zona sul de São Paulo), onde
fica o principal campus da
instituição.
A CGU constatou que a
Unifesp alugava imóveis e,
em vez de usá-los, deixava-os por grandes períodos sem
uso ou semiocupados.
Também havia imóveis
que, apesar de alugados pela
Unifesp, acabaram sendo
usados por instituições privadas, como a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina),
mantenedora do Hospital
São Paulo.
DEVOLUÇÃO
O reitor da Unifesp, Walter
Manna Albertoni, que assumiu o cargo no ano passado,
quando a maioria dos desperdícios já estava em andamento, afirma que a universidade vem regularizando a situação. Assim, a Unifesp,
que até 2008 alugava 71 imóveis na Vila Clementino, já
devolveu dez propriedades e
outras quatro estão em processo de devolução.
Albertoni afirma que, em
maio deste ano, instaurou
Comissão Processante Permanente para apurar as responsabilidades pelo aluguel
dos imóveis pela Unifesp.
O Ministério Público, porém, quer mais: que a universidade especifique o nome
do servidor em face do qual
tenha sido instaurada a investigação, a eventual infração cometida, o estágio da
apuração e prazos.
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