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Mortes de moradores de rua estão ligadas a drogas, diz polícia de AL
Governo afirma ter esclarecido 24 dos 37 homicídios e 2 tentativas
JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO
A maioria das mortes de
moradores de rua em Alagoas está relacionada a drogas e acertos com traficantes,
segundo balanço divulgado
ontem pela Polícia Civil.
Ao todo, foram investigados 39 casos: 37 homicídios e
2 tentativas. A polícia afirma
ter esclarecido 24 crimes
-61,5% do total investigado.
Sete suspeitos estão presos.
Os casos ganharam repercussão quando a lentidão
nas apurações foi criticada
pela Igreja Católica e por grupos de direitos humanos, que
apontaram 32 moradores de
rua mortos neste ano em Maceió e em Arapiraca, segunda
maior cidade de Alagoas.
Ao longo das últimas semanas, a polícia afirmou que
descartava a ação de grupos
de extermínio, mas as investigações divulgadas ontem
apontaram pelo menos quatro casos com essas características. A polícia afirma, no
entanto, que eles foram cometidos por uma pessoa.
Luiz Carlos Soares da Silva
Santos atuava como vigilante
autônomo para uma rede de
supermercados e é suspeito
de matar quatro moradores
de rua em Maceió. Ele está
preso. A polícia não soube informar quem é seu advogado.
As investigações contaram
com 55 homens da Força Nacional de Segurança Pública,
ligada ao Ministério da Justiça. No início do mês, eles foram enviados ao Estado para
ajudar nas apurações de cerca de 4.000 homicídios ainda em aberto em Alagoas.
Segundo a polícia, 24 das
39 vítimas eram moradores
de rua e 29, dependentes químicas. O balanço foi resultado de ordem do governador
Teotonio Vilela (PSDB), que
cobrou mais agilidade da polícia Civil e determinou que
os inquéritos fossem entregues à Justiça até ontem.
Alagoas tem uma das
maiores taxas de homicídios,
59,5 por 100 mil habitantes
(dados de 2007 do IBGE). A
média nacional é de 25,4.
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