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Rota do litoral lidera mortes nas rodovias do Estado
Anchieta tem maior índice de vítimas entre as estradas que saem da capital
Curvas, neblina e caminhões são fatores que contribuem para elevar riscos em percursos que levam às praias de São Paulo
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
As rotas que levam ao litoral
estão entre as líderes no ranking de mortalidade das principais rodovias de São Paulo.
Reduto de caminhões, com
mais de 40 curvas, às vezes com
forte neblina, a Anchieta é a
que mais concentrou vítimas
neste ano, proporcionalmente
à sua extensão, dentre as estradas que saem da capital.
Mesmo rodovias com sinalização e pavimento que são referência no país, como a Imigrantes, têm altos patamares de
mortes, muito superiores aos
de outras que levam ao interior,
como Anhangüera, Bandeirantes e Castello Branco.
Essas indicações são baseados em um levantamento da
Folha das mortes de janeiro a
setembro de 2007 proporcionalmente ao tamanho de cada
estrada e em um estudo da Artesp (agência que regula as concessões de rodovias paulista)
que pondera os dados pelo número de veículos no trecho.
Nos primeiros nove meses
deste ano, a Anchieta teve quase uma morte por km -contra
0,34 na Ayrton Senna/ Carvalho Pinto, 0,30 na Bandeirantes
e 0,16 na Castello Branco.
O destaque foi sua pista sul,
cujo índice de mortes, calculado pela Artesp até novembro,
foi de 13,30. A Imigrantes atingiu no máximo 4,93, contra 3,51
na Anhangüera, 2,81 na Raposo
Tavares, 2,14 na Bandeirantes e
1,29 na Castello (nos trechos da
AutoBAn e ViaOeste).
Embora a maioria dos acidentes seja provocada por fatores humanos, como excesso de
velocidade e embriaguez, a alta
incidência de mortes em algumas estradas sinalizam que
elas requerem atenção redobrada dos motoristas.
Os motivos são diversos,
muitas vezes ligados às condições adversas de geometria
(curvas sinuosas, falta de acostamento, risco de erosão) e clima (especialmente neblina)
dessas rotas, além da presença
de pedestres e ciclistas.
Régis Bittencourt
A rodovia Régis Bittencourt,
principal ligação de São Paulo
com o Sul do país, está com trechos em situação crítica, tomados por buracos de até dois metros de largura, fissuras no asfalto que dão a sensação de que
a pista pode abrir a qualquer
momento e sinalização precária, às vezes coberta pelo mato.
A Régis também figura na lista das estradas paulistas que tiveram mais mortes proporcionalmente à sua extensão.
A condição precária ocorre
em meio à transição para repassá-la à iniciativa privada, o
que deve ocorrer em fevereiro.
O problema tende a ser agravado especialmente numa parte que está há mais de dois meses sem nenhum contrato de
manutenção -do km 406,7 ao
km 568,6, próximo do Paraná.
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