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Ecovias afirma que fez investimentos e minimiza importância das estatísticas
DA REPORTAGEM LOCAL
A concessionária Ecovias,
responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, diz que fez
uma série de investimentos e
que os dados que apontam as
rodovias entre as líderes de
mortalidade são relativos e não
indicam que perigo.
"Não dá para comparar. O
perfil, a quantidade de veículos
e a geometria delas são particulares. Todas as rodovias têm
seus perigos, e a maioria dos
acidentes é provocada por imprudência do motorista", afirma Sidnei Torres, gerente de
atendimento da Ecovias.
Segundo ele, um dos problemas da Anchieta é seu traçado
com mais de 40 curvas, além do
fluxo excessivo de caminhões.
"As rodovias litorâneas têm
um fluxo diferenciado. Na Anchieta-Imigrantes, há muitas
motocicletas. Na parte de engenharia e sinalização, a maioria
das intervenções já foi feita",
diz Sebastião Ricardo, diretor
de operações da Artesp.
Os dois relativizam os dados
de mortes nas rodovias por km.
Para eles, as que concentram
maior tráfego tendem a apresentar mais acidentes.
Nos últimos meses, a Ecovias
instalou nove lombadas eletrônicas na Anchieta para tentar
conter os tombamentos de caminhões -mas apenas seis estão multando por enquanto.
Torres diz que os buracos e
galhos na pista na última semana foram devido às chuvas, mas
que os problemas são solucionados com rapidez. Ricardo diz
que a Anchieta será "recapeada
de cabo a rabo em 2008".
Delson José Amador, superintendente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem
de São Paulo), reconhece os
problemas em rotas do litoral,
mas diz prever investimentos.
"São traçados antigos, há restrições ambientais, pesada influência urbana", afirma. "Programamos melhoria, mas é
uma ação de longo prazo. As estradas têm um tempo de vida
útil. A partir de um nível, não
adianta manter, é preciso restaurá-la. Mas vamos intensificar trabalhos de tapa-buraco."
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