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Exame descarta morte por leptospirose
Prefeitura diz que menino de seis anos que morava no Jardim Pantanal, que ficou alagado, não morreu por causa da doença
Causa da morte ainda será investigada; Secretaria Municipal de Saúde diz que outros dez casos suspeitos estão sendo analisados
DO "AGORA"
O garoto Isac de Souza Lima,
6, morto no domingo com suspeita de leptospirose, não tinha
a doença, causada por bactérias
presentes na urina de ratos,
afirmou ontem a Secretaria
Municipal da Saúde. Segundo
nota da pasta, exame feito pelo
laboratório Fleury e encaminhado para o Hospital Santa
Marcelina deu negativo.
Isac foi internado no Hospital Santa Marcelina, no Itaim
Paulista (zona leste de SP), com
febre e dores no corpo no último sábado. Como o garoto teve
contato com a água da chuva e
enchentes, pois a casa em que
morava com a família, na Vila
Itaim, região do Jardim Pantanal (zona leste), esteve alagada
por 13 dias, havia a suspeita de
que a morte tivesse sido causada por leptospirose. Com a negativa, a causa da morte agora
está sem esclarecimento. Um
laudo do Serviço de Verificação
de Óbitos deve sair em 20 dias,
segundo a secretaria, com o
motivo oficial da morte.
Para a família, o garoto morreu por negligência durante o
primeiro atendimento, no último sábado, na AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Jardim Romano. Segundo o pai de
Isac, Cássio Rodrigo Sales de
Lima, 29, o médico que o atendeu receitou remédios para dor
e vômito e o mandou para casa.
"Mesmo com esse resultado
negativo, sei que o que matou
meu filho foi a falta de atenção
no primeiro atendimento."
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM) negou, na manhã de ontem, que tenha havido negligência médica. "Ele passou pela
nossa rede de AMAs, mas isso
não significa que ele não tenha
sido bem atendido. Ele morreu,
foi uma fatalidade. Estamos investigando isso."
A secretaria informou que há
dez casos suspeitos de leptospirose no Jardim Pantanal e que
os exames de sorologia ainda
estão em análise. Segundo a
prefeitura, será feita hoje uma
ação para diminuir a presença
de pernilongos na região.
Ontem, mais 40 famílias foram transferidas do Jardim Romano para um condomínio da
CDHU em Itaquaquecetuba
(Grande São Paulo).
(ALINE MAZZO e THIAGO BRAGA)
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