São Paulo, quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

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Exame descarta morte por leptospirose

Prefeitura diz que menino de seis anos que morava no Jardim Pantanal, que ficou alagado, não morreu por causa da doença

Causa da morte ainda será investigada; Secretaria Municipal de Saúde diz que outros dez casos suspeitos estão sendo analisados

DO "AGORA"

O garoto Isac de Souza Lima, 6, morto no domingo com suspeita de leptospirose, não tinha a doença, causada por bactérias presentes na urina de ratos, afirmou ontem a Secretaria Municipal da Saúde. Segundo nota da pasta, exame feito pelo laboratório Fleury e encaminhado para o Hospital Santa Marcelina deu negativo.
Isac foi internado no Hospital Santa Marcelina, no Itaim Paulista (zona leste de SP), com febre e dores no corpo no último sábado. Como o garoto teve contato com a água da chuva e enchentes, pois a casa em que morava com a família, na Vila Itaim, região do Jardim Pantanal (zona leste), esteve alagada por 13 dias, havia a suspeita de que a morte tivesse sido causada por leptospirose. Com a negativa, a causa da morte agora está sem esclarecimento. Um laudo do Serviço de Verificação de Óbitos deve sair em 20 dias, segundo a secretaria, com o motivo oficial da morte.
Para a família, o garoto morreu por negligência durante o primeiro atendimento, no último sábado, na AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Jardim Romano. Segundo o pai de Isac, Cássio Rodrigo Sales de Lima, 29, o médico que o atendeu receitou remédios para dor e vômito e o mandou para casa. "Mesmo com esse resultado negativo, sei que o que matou meu filho foi a falta de atenção no primeiro atendimento."
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) negou, na manhã de ontem, que tenha havido negligência médica. "Ele passou pela nossa rede de AMAs, mas isso não significa que ele não tenha sido bem atendido. Ele morreu, foi uma fatalidade. Estamos investigando isso."
A secretaria informou que há dez casos suspeitos de leptospirose no Jardim Pantanal e que os exames de sorologia ainda estão em análise. Segundo a prefeitura, será feita hoje uma ação para diminuir a presença de pernilongos na região.
Ontem, mais 40 famílias foram transferidas do Jardim Romano para um condomínio da CDHU em Itaquaquecetuba (Grande São Paulo).
(ALINE MAZZO e THIAGO BRAGA)


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