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Acusados de queimar e matar 4 pessoas não falam em interrogatório
Eles foram hostilizados por manifestantes na saída do fórum de Bragança Paulista
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRAGANÇA
PAULISTA
O eletricista Luiz Fernando
Pereira, 38, e o soldador Joabe
Severino Ribeiro, 36, denunciados sob acusação de queimar e
matar quatro pessoas em Bragança Paulista (SP), ficaram calados diante do juiz Marco Sestini, da 2ª Vara Criminal, e foram hostilizados na saída do local, onde seriam interrogados.
Com camisetas com fotos e
nomes dos parentes mortos, familiares protestaram ontem
diante do fórum. "Queremos
que eles cumpram a pena máxima [30 anos de prisão]. Acabaram com a minha vida e a da
minha família", disse Magali,
irmã de Eliana Faria da Silva.
Eliana, 32, o marido Leandro
de Oliveira, 31, e o filho deles,
Vinícius, 5, foram mortos após
roubo na loja de Eliana. A gerente da loja, Luciana Dorta,
27, morreu 11 dias depois com
queimaduras em 70% do corpo.
Os dois denunciados ficaram
20 minutos no fórum. Saíram
escoltados e sob gritos de "assassinos". Cerca de 50 pessoas
participaram do protesto.
Pereira e Ribeiro voltaram
para a penitenciária de Tremembé (138 km de SP), onde
estão detidos há cerca de um
mês. Por questões de segurança, a Polícia Militar pediu e o
juiz decidiu antecipar em pelo
menos 20 minutos o depoimento dos dois -inicialmente
marcado para as 16h.
O silêncio dos denunciados
surpreendeu o Ministério Público. "Recebemos com surpresa porque não é comum réus
permanecerem calados em juízo. Geralmente os presos ficam
calados na fase policial", disse a
promotora Kelly Fedel.
A Promotoria denunciou Pereira e Ribeiro por quatro latrocínios e por roubo. A pena para
cada um pode chegar a 90 anos
de prisão.
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