São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

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WILSON SILVA MAUX (1937-2011)

Ele despertava Campina Grande

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

De segunda a sábado, às 4h da manhã, quem tinha o rádio sintonizado na Campina Grande FM podia ouvir o radialista Wilson Silva Maux dizer: "Desperta, Campina".
Era esse também o nome do programa musical que ele apresentava na cidade de Campina Grande (PB), onde morou nos últimos 23 anos.
Nascido em Recife (PE), Wilson era neto de franceses, de quem herdou o sobrenome cuja pronúncia é "mô".
Aos cinco anos, ele, filho de um comerciante, mudou-se com a família para Natal (RN), onde conheceu a mulher. Casou-se aos 18 anos.
Nessa época, participava do teatro estudantil. O irmão de Conceição era diretor do sindicato dos atores e por isso o casal se conheceu.
A carreira como jornalista, Wilson começou após voltar para Recife. Vivia, por sinal, trocando de cidade: estava ora em Recife, ora em Natal.
Por um tempo, morou em São Paulo e no Rio, onde dizia ter conhecido Manuel Bandeira, que sempre lhe pedia para declamar poemas, devido a sua voz de locutor.
Na capital paulista, trabalhou na Excelsior, rádio São Paulo e no "Última Hora".
Atividades com o teatro ele sempre teve, como ator ou diretor. Contava da vez em que, nos anos 60, fez uma seleção no interior de SP para a encenação de o "Auto da Compadecida". No teste, deu o papel de palhaço a uma jovem de 14 anos chamada Regina Duarte. Foi o primeiro trabalho da atriz, revelada ali.
Na segunda, pouco antes de sair de casa para apresentar seu programa, morreu aos 72, após sofrer uma parada cardíaca. Deixa viúva, duas filhas e três netas.

coluna.obituario@uol.com.br


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