São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

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ATENDIMENTO AOS CACOS

Sem dinheiro, Hospital do Andaraí atende só os casos mais graves

Mais um pronto-socorro pára no RJ

ADRIANA CHAVES
DA SUCURSAL DO RIO

O Hospital do Andaraí, na zona norte do Rio, suspendeu ontem o atendimento no pronto-socorro da unidade, que faz parte da rede federal municipalizada em 1999.
Em crise, as 28 unidades são alvo de discussões entre a prefeitura de Cesar Maia, pré-candidato do PFL à Presidência da República, e o Ministério da Saúde quanto à manutenção do sistema. Pelo menos seis hospitais tiveram redução drástica do atendimento e das cirurgias.
Pelo pronto-socorro do Hospital do Andaraí passam cerca de 600 pessoas por dia. Das dez salas do centro cirúrgico, só quatro funcionam. A unidade está superlotada e faltam estetoscópios, termômetros, roupa de cama e até comida.
"Estamos suspendendo o pronto atendimento por total falta de condições. Apenas os casos graves serão atendidos", diz Roberto Portes, um dos diretores da unidade.
Na semana passada, o hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá (zona oeste), já havia cancelado atendimentos de emergência, internações e consultas.
O Hospital da Lagoa (zona sul) também interrompeu novas internações.
Anteontem, o Ministério da Saúde informou que repassaria R$ 46 milhões para seis unidades municipalizadas cujos contratos prevêem contratações após a aposentadoria de servidores federais. Anunciou R$ 90 milhões para reformas e reposições nos maiores hospitais em troca de investimentos no sistema básico e de urgência. A prefeitura não abre mão de reajustes nas verbas de custeio e ameaça devolver as unidades.


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