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ATENDIMENTO AOS CACOS
Sem dinheiro, Hospital do Andaraí atende só os casos mais graves
Mais um pronto-socorro pára no RJ
ADRIANA CHAVES
DA SUCURSAL DO RIO
O Hospital do Andaraí, na zona norte do Rio, suspendeu ontem o atendimento no pronto-socorro da unidade, que faz parte da rede federal municipalizada em 1999.
Em crise, as 28 unidades são
alvo de discussões entre a prefeitura de Cesar Maia, pré-candidato do PFL à Presidência da
República, e o Ministério da
Saúde quanto à manutenção do
sistema. Pelo menos seis hospitais tiveram redução drástica do
atendimento e das cirurgias.
Pelo pronto-socorro do Hospital do Andaraí passam cerca
de 600 pessoas por dia. Das dez
salas do centro cirúrgico, só
quatro funcionam. A unidade
está superlotada e faltam estetoscópios, termômetros, roupa
de cama e até comida.
"Estamos suspendendo o
pronto atendimento por total
falta de condições. Apenas os
casos graves serão atendidos",
diz Roberto Portes, um dos diretores da unidade.
Na semana passada, o hospital
Cardoso Fontes, em Jacarepaguá (zona oeste), já havia cancelado atendimentos de emergência, internações e consultas.
O Hospital da Lagoa (zona
sul) também interrompeu novas internações.
Anteontem, o Ministério da
Saúde informou que repassaria
R$ 46 milhões para seis unidades municipalizadas cujos contratos prevêem contratações
após a aposentadoria de servidores federais. Anunciou R$ 90
milhões para reformas e reposições nos maiores hospitais em
troca de investimentos no sistema básico e de urgência. A prefeitura não abre mão de reajustes nas verbas de custeio e ameaça devolver as unidades.
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