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VIOLÊNCIA
Ele sofrera um seqüestro relâmpago e acabou baleado junto com os bandidos em seu carro, na av. Vereador José Diniz
Tiro da PM matou empresário seqüestrado
GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Gerson Mendonça de Freitas Filho, 50, vítima de
seqüestro relâmpago, foi morto
pela Polícia Militar em um tiroteio entre policiais e criminosos
após uma perseguição atribulada
pelas ruas da zona sul de São Paulo, na semana passada.
Segundo o delegado Naief Saad
Neto, titular da Seccional Sul, o
projétil encontrado no corpo do
empresário é de uma pistola .40,
arma de uso exclusivo da polícia.
Os dois seqüestradores que participaram do tiroteio usavam um
revólver 38 e um revólver 32.
O projétil foi encaminhado na
terça-feira para o Instituto de Criminalística para exame de balística. As duas armas dos criminosos
e outras nove apreendidas com os
PMs já estavam sob análise. Os
exames devem apontar o policial
responsável pelo disparo que matou Freitas Filho.
O empresário dirigia seu carro
no Brooklin (zona sul de SP), há
exatamente uma semana, quando
foi rendido por dois homens. Ele
foi colocado no banco de trás.
Uma mulher teria avisado a PM,
que iniciou uma perseguição.
No bairro vizinho do Campo
Belo, os seqüestradores bateram o
carro por duas vezes, até que foram cercados pelos policiais militares na av. Vereador José Diniz.
A PM diz que os suspeitos saíram
do veículo atirando. O empresário recebeu um tiro nas costas e
morreu no hospital.
Freitas Filho pode ter sido atingido ainda dentro do veículo. Segundo Naief Neto, um tiro atingiu
o banco traseiro do carro, onde o
empresário estava. "Só a perícia
vai dizer que o projétil que atingiu
o veículo é o mesmo que causou a
morte da vítima."
No meio do tiroteio, o empresário saiu do veículo, deu alguns
passos e caiu. A polícia não descarta a possibilidade de ele ter sido atingido pela PM quando estava fora do carro.
O delegado afirma que o projétil
retirado do corpo da vítima estava
em boas condições, o que permitiu a constatação da polícia de que
era de uma pistola .40. Das nove
armas apreendidas com os PMs,
seis tinham esse calibre.
O exame de balística deve estar
concluído em dez dias, segundo
Naief Neto. O inquérito deve ser
encerrado no mês que vem. "Parece que não houve dolo [intenção de matar]. Pode ter ocorrido
excesso, mas isso só será definido
no final das investigações."
O Setor de Comunicação Social
da PM disse que só irá se manifestar depois de ter conhecimento
oficial do fato. A reportagem não
conseguiu localizar o capitão
Marcos de Araújo, comandante
da companhia da PM responsável
pela região onde houve o tiroteio.
Na semana passada, ele negou a
existência de falha na ação e disse
que a morte foi uma "fatalidade".
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