São Paulo, sábado, 24 de março de 2007

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Criminalidade

Na Colômbia, Aécio critica governo Lula

SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A COLÔMBIA

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), criticou ontem a atuação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no enfrentamento do problema da criminalidade e da violência nos grandes centros urbanos do país.
Acompanhado dos governadores do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), Aécio está há dois dias na Colômbia para conhecer as políticas que resultaram em quedas nos índices de crimes naquele país.
"Nos falta a complementação do governo federal na política de segurança pública", afirmou o governador de Minas após participar de reunião com o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno, com o ex-prefeito de Bogotá Henrique Peñalosa e com dirigentes de segurança pública na capital colombiana.
Para Aécio, o governo federal tem que ter uma participação efetiva na questão. "Aqui a responsabilidade da manutenção da polícia é do governo nacional, do poder central. Isso não existe no Brasil. Essa é a razão principal do êxito da Colômbia".
Aliado de Lula, o governador fluminense evitou criticar o governo federal.
Disse que tem recebido apoio de Lula e que, em quatro anos, o governo federal investirá R$ 1,2 bilhão na melhorias de favelas. Cabral Filho afirmou que parte desse dinheiro será investido na favela da Rocinha (zona sul), considerada a maior do Rio.
De acordo com o governador, inicialmente, cerca de 2.000 pessoas serão retiradas de suas casas para que sejam realizadas obras para a abertura de espaços na favela. Elas serão removidas dentro da própria comunidade. Depois, passarão a morar em conjuntos habitacionais que devem ser construídos na Rocinha.
À tarde, os governadores viajaram para Medellin, cidade que até a década passada era conhecida mundialmente pelos índices de violência e que, hoje, após a adoção de políticas públicas de combate à criminalidade, vive dias bem mais tranqüilos.

Unificação das polícias
O governador do Distrito Federal defendeu a unificação das polícias brasileiras. "Hoje, o que existe no Brasil é a polícia antiquada, do século passado. No mundo todo, inclusive aqui na Colômbia, as polícias foram unificadas," afirmou.


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