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Criminalidade
Na Colômbia, Aécio critica governo Lula
SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A COLÔMBIA
O governador de Minas
Gerais, Aécio Neves (PSDB),
criticou ontem a atuação do
governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) no
enfrentamento do problema
da criminalidade e da violência nos grandes centros urbanos do país.
Acompanhado dos governadores do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e do Distrito Federal, José Roberto
Arruda (PFL), Aécio está há
dois dias na Colômbia para
conhecer as políticas que resultaram em quedas nos índices de crimes naquele país.
"Nos falta a complementação do governo federal na política de segurança pública",
afirmou o governador de Minas após participar de reunião com o presidente do
BID (Banco Interamericano
de Desenvolvimento), Luis
Alberto Moreno, com o ex-prefeito de Bogotá Henrique
Peñalosa e com dirigentes de
segurança pública na capital
colombiana.
Para Aécio, o governo federal tem que ter uma participação efetiva na questão.
"Aqui a responsabilidade da
manutenção da polícia é do
governo nacional, do poder
central. Isso não existe no
Brasil. Essa é a razão principal do êxito da Colômbia".
Aliado de Lula, o governador fluminense evitou criticar o governo federal.
Disse que tem recebido
apoio de Lula e que, em quatro anos, o governo federal
investirá R$ 1,2 bilhão na
melhorias de favelas. Cabral
Filho afirmou que parte desse dinheiro será investido na
favela da Rocinha (zona sul),
considerada a maior do Rio.
De acordo com o governador, inicialmente, cerca de
2.000 pessoas serão retiradas de suas casas para que sejam realizadas obras para a
abertura de espaços na favela. Elas serão removidas dentro da própria comunidade.
Depois, passarão a morar em
conjuntos habitacionais que
devem ser construídos na
Rocinha.
À tarde, os governadores
viajaram para Medellin, cidade que até a década passada era conhecida mundialmente pelos índices de violência e que, hoje, após a adoção de políticas públicas de
combate à criminalidade, vive dias bem mais tranqüilos.
Unificação das polícias
O governador do Distrito
Federal defendeu a unificação das polícias brasileiras.
"Hoje, o que existe no Brasil
é a polícia antiquada, do século passado. No mundo todo, inclusive aqui na Colômbia, as polícias foram unificadas," afirmou.
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