DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria da Educação de São Paulo afirma que, em outubro de 2008, propôs à Anatel que o Estado, em vez de ter suas escolas incluídas no programa federal, não precisasse mais pagar à Telefônica para manter sua rede atual de banda larga. A agência, segundo a secretaria, disse que isso não era possível.
Segundo a secretaria, a decisão de recusar a banda larga federal foi técnica. Um dos argumentos foi que apenas 10% da velocidade de conexão de 1 megabit por segundo do programa da União era garantida. Além disso, a rede paulista seria mais segura, por fazer parte de uma rede própria gerenciada pelo governo estadual - a Intragov.
A secretaria diz que o Estado teria um custo de R$ 32 milhões (incluindo R$ 20 milhões para proteger o sistema) para adaptar as escolas à banda larga federal, já que a rede paulista trabalha com um padrão (MPLS), diferente do utilizado pelo governo federal (ADSL).
A secretária da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, diz que a recusa não significa que o Estado considere a iniciativa federal menos importante. "Quando o governo federal nos chamou, já estávamos dando um passo além, aumentando a velocidade e resolvendo outros problemas diagnosticados nas escolas."
O secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, disse que não procede o argumento de que a rede federal tem garantidos apenas 10% da velocidade de conexão.
"O acordo prevê até 2010 que a conexão seja de, no mínimo, 1 megabit por segundo e, a partir daí, seja dobrada. Mas se em frente à escola for possível ter uma banda de 8 megabits, a empresa terá que instalar."
Sobre a duplicidade de programas em alguns casos, Bielschowsky diz que eles podem ser realinhados. "A partir do momento em que conquistamos uma rede nacional, os projetos podem ser realinhados. É muito mais fácil realinhar uma rede paga pelo Estado do que um acordo nacional feito com as empresas de telefonia", disse.


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