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SÃO PAULO
Conselheiro do TCM defende elogio à filha no "Diário Oficial"
DA REPORTAGEM LOCAL
Mauricio Faria, conselheiro do TCM (Tribunal de
Contas do Município), disse
que passar em primeiro lugar no vestibular para a faculdade de direito do largo
São Francisco, da USP
(Universidade de São Paulo),
é um fato de repercussão
pública.
A afirmação vem em defesa da publicação no "Diário
Oficial" da Cidade, na sexta-feira, de uma homenagem a
Gabriela Lopes Pinto, filha
de Faria, aprovada em primeiro lugar neste ano, como
a Folha e o "Agora" revelaram no sábado.
Segundo ele, não se trata
de "jornal de bairro", mas de
meritocracia, já que a imprensa, todos os anos, faz reportagens com os primeiros
colocados no vestibular da
Fuvest.
Além disso, diz Faria, o
TCM se interessa pela faculdade. "Como é um tribunal
de contas, em que o elemento jurídico é questão chave
do nosso trabalho, dos nossos acórdãos, dos nossos julgamentos, há uma especial
atenção para essa questão do
largo São Francisco. Seria diferente se fosse o primeiro
lugar numa faculdade de
agronomia", afirmou.
A Folha, porém, fez uma
pesquisa no "Diário Oficial"
da Cidade e não encontrou,
desde 2003, nenhuma referência, em anos anteriores,
aos primeiros colocados no
vestibular da faculdade.
Faria tem explicação para
isso também: "É que havia
essa circunstância de ser a filha de um conselheiro, mas a
matéria, o assunto em si, não
era pelo fato de ser a filha. É
porque foi o primeiro lugar
do largo São Francisco que,
circunstancialmente, faticamente, correspondia à filha
de um conselheiro".
Constrangimento
Ele também se disse preocupado com o constrangimento que a reportagem poderia ter causado a sua filha.
"É que eu dei azar de sair isso
nesse momento lá do Sarney
[José Sarney, ex-presidente
da República e presidente do
Senado], daquelas coisas do
Senado. Eu falei: "Caramba,
será que ela vai ser esculhambada lá na faculdade?;
pô, seu pai é uma espécie de
um Sarney"."
O TCM foi procurado, por
meio de sua assessoria de imprensa, mas não quis se manifestar e preferiu que apenas Mauricio Faria comentasse o caso.
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