|
Texto Anterior | Índice
VIOLÊNCIA
Polícia acredita que uma das vítimas reagiu a assalto; foi o primeiro crime com morte da história da companhia
Dois são mortos a tiros em vagão do metrô
da Reportagem Local
Dois homens foram mortos, às
16h15 de ontem, dentro de um vagão de trem do metrô, na estação
Sé. Foi o primeiro crime com vítimas fatais desde a inauguração do
Metrô, em setembro de 74.
A polícia encontrou R$ 1.317,80
nos bolsos e na carteira de uma das
vítimas, o escrevente de cartório
Wladimir Lenine Affonso, 48. A
segunda vítima, Julio Pedro Ferreira Filho, 20, deve ter sido morta
por estar próxima da primeira.
Segundo o delegado Francisco
Rodrigues Alves Filho, da Delegacia do Metrô, a possibilidade
maior para o crime é que Lenine
estivesse sendo seguido após sacar
parte da quantia em uma agência
bancária do centro.
"Ele deve ter reagido a uma abordagem desse desconhecido e entrou no trem na estação São Bento
(linha norte-sul), sentido Jabaquara, que estava lotado, e não deve ter
percebido a presença do ladrão no
mesmo vagão", disse.
Segundo o delegado, funcionários da estação informaram que o
vagão, com capacidade máxima
para 500 pessoas, levava 400.
Segundo a única testemunha que
foi até a polícia, Lenine sentou-se
ao seu lado após entrar no vagão
na Estação São Bento.
"Quando tocou a sirene de parada na estação Sé, o desconhecido
parou em frente às vítimas e atirou, primeiro na cabeça do escrevente e depois no peito do Julio,
que deve ter sido baleado porque
fez um movimento brusco", disse
o delegado, relatando o depoimento da testemunha.
Apesar dos detalhes da cena do
crime, a testemunha diz que não
teria capacidade de reconhecer o
assassino, um homem branco, de
cabelos claros, curtos, que vestia
uma camiseta pólo branca.
O assassino teria fugido no meio
do tumulto para o atendimento
das vítimas. Sua imagem pode estar registrada no circuito interno
do Metrô e a polícia deve solicitar
as imagens à companhia.
(MO)
Texto Anterior | Índice
|